Projeto Grael decide hoje sobre limpeza da Baía de Guanabara
José Cruz
O Conselho Diretor do Instituto Rumo Náutico – Projeto Grael, presidido por Torben Grael – reúne-se nesta segunda-feira para decidir sobre a proposta de um contrato de limpeza da Baía de Guanabara, “em regime de urgência”, com a Secretaria de Ambiente do Estado do Rio de Janeiro, conforme divulgado ontem.
O majestoso cartão postal da Cidade Maravilhosa, local das competições de vela dos Jogos Olímpicos, no ano que vem, coleciona mais uma fracassada tentativa dos governos para despoluir a valiosa área, num projeto que não passou de discursos de ocasião
“Vou encaminhar pela rejeição da proposta”, disse Lars Grael, um dos nove conselheiros do do Projeto Grael. “O Projeto Grael já é um apoiador da despoluição da Baía de Guanabara, através das aulas de conscientização ambiental para nossos alunos”, explicou o velejador.
Segundo Lars, o Projeto Grael já desenvolve um projeto em parceria com a UFRJ e a empresa britânica British Gas (BG), para lançar e fazer manutenção de derivadores (boias que derivam na correnteza e monitoradas por GPS). “Nosso papel é operar a embarcação de apoio e colher dados, além dos derivadores é claro”.
O desenvolvimento desse trabalho permitiu a modelagem das correntezas, marés e influência dos ventos no lixo flutuante da Baía de Guanabara, aumentando o conhecimento e a produtividade da captação de lixo.
Coleta de lixo
“Em paralelo, mantivemos operando nos últimos anos um barco cata lixo que coleta lixo flutuante na parte de Niterói da Baía de Guanabara. São centenas de quilos por dia. Esta é uma parceria que tínhamos com a Companhia de Limpeza Urbana de Niterói (CLIN). Nosso barco operou nos Jogos Sul-Americanos de 2007 e nos Jogos Mundiais Militares de 2011”, afirmou Lars Grael.
Segundo o velejador, houve outra contribuição do IRN (Instituto Rumo Náutico), na tentativa de limpeza da Baía de Guanabara.
“A mais recente, foi na apresentação de projeto complexo de contenção (Eco Barreiras) e coleta de lixo flutuante (Ecobarcos) para reduzir o impacto do lixo flutuante na Baía de Guanabara. Mesmo que considerado como paliativo, o projeto visa a reduzir o percentual de lixo flutuante e além de melhorar a navegação na Baía, poderá impactar positivamente as competições de Vela, Maratona Aquática e Triatlo nos Jogos Olímpicos”.
E concluiu:
“Tanto o Instituto Rumo Náutico, como seus integrantes continuarão a apoiar iniciativas de redução da poluição da Baía de Guanabara, mas entendemos que não é nossa vocação a operação do projeto apresentado pela OSCIP IRN e tendo como principal autor, Axel Grael e todo seu conhecimento acumulado no tema.”