Blog do José Cruz

Arquivo : março 2015

Romário assume presidência da Comissão de Educação, Cultura e Desporto
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José Cruz

O senador Romário assumirá nesta quarta-feira a presidência da Comissão de Educação, Cultura e Desporto (CECD) do Senado Federal. romario

Prestigiado pelos 4,6 milhões de votos na eleição de 2014, Romário age na política como nos tempos em que se posicionava na área para se tornar o artilheiro do time: vai para o ataque. Ao chegar ao Senado, em 1º de fevereiro, tratou de conversar com as lideranças de seu partido, parlamentares com os quais já mantinha relações políticas  desde a Câmara dos Deputados, e foi ao presidente da casa, Renan Calheiros.

Foi assim que o “Baixinho” conquistou para o PSB a disputada Comissão de Educação, Cultura e Desporto, habilitando-se a ocupar a presidência, por dois anos.

“Esta é vantagem da comissão no Senado, mandato de dois anos, enquanto na Câmara era apenas um. O prazo mais longo é propício para se desenvolver bons debates e proposições sobre os temas da Comissão”, disse o senador.

Como deputado federal (2011/2014), Romário já demonstrava independência nas suas atitudes de parlamentar, mesmo sem deixar de seguir as regras do partido. Na Câmara também foi presidente da Comissão de Esporte, quando protagonizou bons debates com colegas que integravam a Bancada da Bola e defensores da CBF.

Caso Romário se candidate à Prefeitura do Rio de Janeiro, na eleição do ano que vem, a presidência de uma Comissão no Senado é oportuna neste momento, pois garante boa visibilidade na  mídia, principalmente porque ali estão concentrados temas de grande apelo e debate nacionais.


Confederações precisam de profissionais na gestão de verbas públicas
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José Cruz

O episódio da Confederação Brasileira de Esgrima (CBE), obrigada a devolver R$ 825 mil ao Ministério do Esporte, verba de convênio, exibe uma novidade no debate do setor: a gestão administrativa-financeira das entidades esportivas.

Com o crescimento de liberação de verbas por convênios, incentivado pelo Plano Brasil Medalhas, os cartolas foram pegos sem estrutura em  suas confederações, mostraram-se desconhecedores da legislação e passaram a enfrentar uma burocracia própria da gestão da verba pública.

“Há um aprendizado com os recursos públicos liberados pelo Siconv, que é uma verba de uso transparente”. Este novo momento exigiu especialistas na gestão da verba para projetos esportivos”, explicou o secretário-executivo do Ministério do Esporte , Ricardo Leyser Gonçalves. leyser

O Siconv (Sistema de Gestão de Convênios) foi criado em 2007, exigindo dos beneficiados estrutura para melhor aplicar as verbas recebidas. “É preciso saber operar os recursos públicos, ter pessoas que entendam de compras, de licitação, de prestações de contas etc”, disse o secretário.

Sugestão

Por isso, o Ministério do Esporte “sugere” às confederações a contratação de escritórios especializados, para o melhor aproveitamento do dinheiro disponibilizado. Para pagar esses serviços, os convênios permitem o uso de até 15% do valor liberado. São as chamadas “despesas administrativas”.

“Mas o Ministério não exige que se contrate esta ou aquela empresa. Apenas sugerimos, para que a execução do convênio tenha gestão profissional”, disse o secretário.

Na avaliação de Leyser, o Comitê Paraolímpico (CPB) é referência neste trabalho,  assim como a Confederação de Judô ou outras, menores, como a de Pentatlo Moderno.

Enquanto isso…

essas exigências assustam alguns gestores. Jorge Rosa, presidente da Confederação de Tênis, que já foi flagrado em prestação de contas irregular com verba da Lei de Incentivo, recusa-se a novos convênios, devido o rigor na aplicação das verbas. Na incompetência do gestor o atleta fica no prejuízo, está claro.

A Confederação de Remo, por sua vez, também não apresenta projetos e está fora desse benefício. Indagada sobre os motivos desse desinteresse, a direção do Remo não se manifestou.

Para saber mais

SICONV é o Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse. O SICONV bem como o Portal de Convênios – www.convenios.gov.br – foram  instituídos pelo Decreto nº 6.170, de 25 de julho de 2007, alterado pelo Decreto nº 6.329, de 27 de dezembro de 2007, que dispõe sobre as normas relativas às transferências de recursos da União mediante convênios e contratos de repasse. Esse decreto determina que a celebração, a liberação de recursos, o acompanhamento da execução e a prestação de contas dos convênios sejam registrados no SICONV.


Esgrimistas se solidarizam a Élora Ugo e criam movimento nas redes sociais
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José Cruz

A esgrimista Élora Ugo não está sozinha na luta pacifica contra a ditadura dos cartolas. Mesmo em crise,  atletas da esgrima seguem exemplo dos jogadores de vôlei – no escândalo que envolveu o ex-presidente Ari Graça – , manifestam-se e criam o movimento #Estamos com Élora

Em desabafo público, por ter sido prejudicada em seu treinamento aos Jogos Rio 2016, Élora recebeu, durante evento no Rio de Janeiro, manifestação de colegas de vários clubes, de diferentes categorias,  de jovens esgrimistas e de atletas de gerações passadas, que honraram esse esporte. 

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Hoje, a Associação Brasileira de Esgrimistas divulgará documento, com assinaturas de atletas, apresentando sugestões e pedindo diálogo com a CBE. Roberto Lazzarini, um dos nossos maiores esgrimistas, olímpico em 1988 e 1992, ainda jogando em alto nível pelo Esporte Clube Pinheiros, também subscreveu o documento.

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As fotos publicadas nas redes sociais inauguram novos tempos no esporte. São atletas se expondo, sem medo de retaliações e fortalecendo a Associação Brasileira de Esgrimistas  

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Essas fotos contrariam a expectativa da CBE, de que “Élora está sozinha nessa hitória”. Não está.