O esporte nas mãos de amadores
José Cruz
Depois que a presidente Dilma Rousseff nomeou um ministro que não entende de esporte, mas entende de gente…, o governador do Rio de Janeiro, Pezão, empossou um guri de 22 anos na Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude, do estado que receberá os Jogos Olímpicos.
O distinto garoto é Marco Antônio (foto), filho do ex-governador Sérgio Cabral. Apesar de jovem, foi eleito deputado federal (PMDB/RJ), mas acabou de ser premiado com um cargo no Executivo. A primeira visita do secretário foi à sede da CBF, para conversar com José Maria Marin e Marco Polo Del Nero. Próxima visita: Federação de Futebol do Rio de Janeiro. Que beleza!
Surpresas
Relembro outras surpresas, como o pastor Carlos Henrique Silva, nomeado secretário de Esportes de Minas Gerais. Carlos Henrique estava com o agora ministro do Esporte, George Hilton, no aeroporto da Pampulha, em 2005, ambos detidos com caixas de dinheiro legalmente doado pelos fieis da Igreja Universal.
Jean Madeira, em São Paulo, e David Duran, no Ceará, também nomeados secretários de Esporte, são do time PRB/ Igreja Universal. Salva-se nessa seleção a ex-jogadora Leila, bronze olímpico no vôlei, secretária no Distrito Federal. Atleta exemplar, ela conheceu as dificuldades do esporte na quadra e na convivência com cartolas.
Na mensagem anterior, provoquei sobre a falta de políticas de governo para o esporte, justamente porque os cargos têm sido ocupado por nomes inexpressivos. Isso dificultará, com certeza, a formulação de propostas de longo prazo, diante das prioridades políticas tradicionalmente conhecidas.