Blog do José Cruz

Governo deve financiar a profissão de atleta?

José Cruz

Na Suíça, a metade dos atletas de alto rendimento ganha o correspondente a R$ 3 mil por mês, segundo a agência de notícias Swissinfo. A informação está na coluna “Papo Olímpico”, assinada por Breno Barros, no Jornal de Brasília.

A mesma agência disse que os atletas ganham pouco e precisam se dedicar a outras atividades para sustentar suas famílias. A discussão está no parlamento suíço para decidir se o governo deve investir em atletas de alto nível.

camara-vaziaO Congresso Nacional, de costumeiro plenário vazio, não discute sobre isso

Afinal, o cofre público deve financiar a “profissão” de atleta ou isso é coisa para a iniciativa privada? Não temos essa definição, mas sabemos que sobra dinheiro e faltam controles para evitar o desperdício e a corrupção, reais!

Fontes anuais para o esporte

Lei de Incentivo: R$ 400 milhões; Bolsa Atleta, R$ 186 milhões; Lei Piva: R$ 160 milhões (valor de 2013); Estatais: R$ 280 milhões; convênios do Ministério do Esporte, R$ 1 bilhão, até 2016; Bolsa estaduais. Ou seja, o atleta pode ganhar bolsas nacional e estadual, dinheiro da Lei de Incentivo, patrocínio de uma estatal (Banco do Brasil, Caixa, Petrobras, Infraero ou Correios) e ainda ser soldado, cabo ou sargento das Forças Armadas, com salário, claro. E toda a preparação técnica dos atletas de ponta, como viagens, treinamentos no exterior etc já está coberta pela confederação correspondente via recursos da Lei Piva. O emaranhado dessa prática reforçam a suspeita de dinheiro desviado pelo caminho. E daí, quem se importa com isso?

Objetivo

A concentração de verbas públicas é para que tenhamos uma equipe competitiva nos Jogos Rio 2016, capaz de colocar o Brasil no top 10 dos países medalhistas. E depois dos Jogos, seguirá a fartura ou teremos “desemprego” no esporte?