Colombianos, tenham orgulho de James, não de Zuñiga
José Cruz
Por Fabiana Bentes
Não existe máfia a favor do Brasil vencer a Copa do Mundo, muito menos necessidade de explicar como o Brasil ganhou cinco títulos mundiais. O Brasil não precisa mostrar quem é no futebol. É uma besteira ficarem dizendo que a Copa foi vendida, isso é coisa de gente que não sabe perder ou de jornalistas que não tem o que falar. Como ex-atleta aprendi que perder com dignidade fortalece. Como jornalista, aprendi a escrever com o objetivo de fazer as pessoas pensarem, não necessariamente concordarem comigo.
A Seleção da Colômbia jogou muito bem, e eu fui uma das grandes entusiastas desta equipe por razões óbvias: marido colombiano, filho colombiano e quase três anos vivendo nesse país maravilhoso.
Posso dizer com propriedade. Se os colombianos querem ter orgulho de alguém, que tenham de James. Ele é uma pessoa que representa o que há de melhor nesse país. Tem força, talento, carisma e sabe que, no futebol, mesmo em uma Copa do Mundo, brigar pela sua pátria é brigar com dignidade, com a alma de uma boa pessoa, porque assim são os colombianos: guerreiros do bem.
Zuñiga extrapolou. Não importam as faltas que os brasileiros cometeram, muito menos a qualidade do árbitro. Ninguém dá um chute no joelho de um jogador, como ele fez com Hulk, e tampouco “para defender” seu país, dá uma joelhada nas costas de outro jogador, a ponto de quebrar uma vértebra, como fez com Neymar.
Zuñiga tirou de um dos melhores jogadores do mundo a continuidade de um sonho, e isso não se faz com nenhum atleta. Neymar é nosso James, e é de James que o povo colombiano deve se orgulhar. Esqueçam Zuñiga.
David Luiz reconheceu o herói de vocês, Zuñiga tirou o nosso da Copa.
Fabiana Bentes é Diretora do Esporte Essencial
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