Jogos Rio 2016 nos expõem ao vexame internacional
José Cruz
A Copa nem começou e já estamos vivendo os suplícios dos Jogos Rio 2016. O que deveria ser comemorado como conquista para o Rio de Janeiro e para o país está sendo lamentado, devido à falta de planejamento e disputas políticas entre os governantes.
Há declarações de governantes e gestores tentando tornar menor a intervenção do Comitê Olímpico Internacional na organização dos Jogos, quando essa medida é grave e humilha nossa capacidade de organizar eventos. Essa medida nos coloca como incapazes.
Mesmo assim, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, desdenha da gravidade quando discursa e, também em entrevistas, não esclarece sobre o episódio que preocupa e envergonha aos governos envolvidos, principalmente.
Afinal, por que o atraso na preparação para os Jogos Rio 2016? Onde está o gargalo?
Nos orçamentos da Prefeitura do Rio, no governo do Estado ou no governo federal?
No Comitê Organizador dos Jogos? Por falta de verbas ou de pessoal capaz para uma empreitada desse tamanho?
O Palácio do Planalto está segurando os recursos públicos?
Há novas exigências das confederações internacionais de cada uma das 28 modalidades olímpicas e isso tem mudado o rumo do plano financeiro, principalmente?
As obras estão atrasadas para fugir de licitações e, com isso superfaturarem os contratos, como ocorreu nos Jogos Pan-Americanos?
Quem ganha com essa jogada, conhecida por “corrupção”, que já se tornou comum nas relações do governo com as empreiteiras?