Deputados olímpicos. E agora, vai?
José Cruz
Com plenário esvaziado e pauta inexpressiva, atropelada pela Copa do Mundo e eleição presidencial, os deputados federais buscam outros ares para justificar a atuação da Comissão de Esporte da Câmara dos Deputados. E lá vão eles para o Rio de Janeiro, na segunda-feira, visitar o que existe do Parque Olímpico para os Jogos de 2016.
A visita ocorrerá depois da vergonhosa bronca do Comitê Olímpico Internacional, seguida da nomeação de um interventor para dar contínuos chutes no traseiro dos atrasadinhos, com a prefeitura carioca, o governo do Estado do Rio e o Palácio do Planalto na fila para receber os “carinhos” olímpicos.
A comitiva dos deputados, liderados pelo presidente da Comissão de Esporte, Damião Feliciano, de pouco adiantará para recuperar atrasos. São visitas protocolares, porque o problema de dinheiro não está na atuação legislativa – que já aprovou o orçamento da União –, mas nas decisões do Palácio do Planalto, especificamente.
Representando a Autoridade Pública Olímpica (APO), o general Sérgio Pereira, diretor de Infraestrutura, estará no comitê de recepção aos deputados. A APO é um órgão técnico que coordena o trabalho integrado da Prefeitura, do Governo do Estado e do Governo Federal. Por isso, acredito que o general seja o mais credenciado a responder sobre as dúvidas, porque, se dependermos do diálogo entre políticos não avançaremos muito.
O deputado Romário (PSB/RJ) estará na comitiva. Nos preparativos para a Copa do Mundo, ele visitou todos os estádios, quando levantou muitas informações que estavam escondidas. Na visita às obras olímpicas, o “Baixinho” atuará em casa e dele se espera o mesmo desempenho de sempre, no ataque, para ajudar a esclarecer: afinal, quem é o responsável pelo atraso nas obras olímpicas?