São Paulo FC fatura mais negociando jogadores
José Cruz
Das seis principais fontes de renda em 2013, a negociação de atletas aparece em primeiro lugar no São Paulo Futebol Clube, com R$ 147,9 milhões. Esse valor é o dobro do faturado com “Direitos de Imagem de TV”, no mesmo período: R$ 72,2 milhões, em segundo lugar nesse ranking. Em seguida vem “Publicidade e Propaganda”, R$ 33 milhões, e a venda de ingressos está em quarto lugar, R$ 25,4 milhões.
Encerram a lista “Licenciamentos de Marcas”, com R$ 15,5 milhões e “Sócio Torcedor”, que contribuiu em 2013 com R$ 7 milhões para a renda do clube. Os valores estão nos balanços financeiro e patrimonial de 2013, recentemente publicados.
Atletas
Em seu relatório, a diretoria do Tricolor destacou que “desde 2006 foram investidos R$ 127,7 milhões na formação de atletas”. No mesmo período, o clube faturou R$ 233,3 milhões ''com a venda, empréstimo e mecanismo de solidariedade dos atletas advindos das categorias de base''. O relatório do São Paulo não explica o que é ''mecanismo de solidariedade''.
Lei de Incentivo
Balanço à parte, fiz um levantamento na Lei de Incentivo ao Esporte, onde está registrado que entre 2007 e 2011 o São Paulo captou R$ 30,6 milhões em projetos para o clube, entre eles alguns específicos para a formação de atletas.
Porém, no item do balanço em que é analisada a “receita decorrente de atletas provenientes das categorias base – 2006 a 2013”, não há referência a essa contribuição legal, em que o governo federal abre mão de recursos do Imposto de Renda para investir no futebol profissional.
Um registro, no mínimo, seria uma forma de reconhecer aos cofres públicos e,principalmente, às empresas que destinaram recursos ao São Paulo pela Lei de Incentivo ao Esporte.