Blog do José Cruz

Receita da CBF cresceu 310% em 10 anos

José Cruz

“Desde 2003, a receita da entidade cresceu 310%, e em 2013 a Confederação Brasileira de Futebol se consolidou como a maior entidade esportiva do Brasil em termos financeiros”

 

A CBF,  que dirige o futebol profissional brasileiro, teve receita de R$ 452 milhões em 2013, a mais expressiva de sua história, de 99 anos (completará 100 em agosto).

Esse valor é 277% maior que os R$ 120 milhões faturados em 2007, quando o Brasil foi escolhido sede da Copa do Mundo, segundo análise de Amir Somoggi, especialista em marketing e gestão esportiva. Ele divulgou esses números a partir do balanço da CBF de 2013, recentemente publicado.

“Desde 2003, a receita da entidade cresceu 310%, e em 2013 a Confederação Brasileira de Futebol se consolidou como a maior entidade esportiva do Brasil em termos financeiros”, disse Amir  Somoggi.

Receitas

Em 2013, os patrocínios renderam R$ 278 milhões à CBF, contra os R$ 236 milhões faturados em 2012.

Mas o faturamento que mais cresceu no ano passado foi a o dos ''direitos de transmissão'', segundo Amir. Nesse quesito a renda chegou a R$ 113 milhões, aumento de 170% sobre 2012. Já as partidas amistosas da Seleção Brasileira significaram arrecadações de R$ 32 milhões.

Despesas

“Em 2013, a despesa total da CBF atingiu R$ 396 milhões, aumento de 21% em comparação com 2012. As despesas mais relevantes são as administrativas, custos com futebol, competições, impostos  e pessoal”, segundo o autor do estudo”, analisou o autor do estudo.

Conclusão

Observando  mais este estudo de Amir Somoggi, não há dúvidas de que a CBF representa a força de nossa principal cultura esportiva, o futebol.

Porém, esse poder financeiro concentrado não reflete a realidade dos clubes, também os que disputam as séries A e B do Brasileirão, a maioria com déficits acmulados. O mesmo acontece com outras modalidades coletivas, o vôlei e o basquete entre elas, sendo que essas são fortemente financiados pelo poder público.

No futebol, gestões desastradas, corrupção, enriquecimento ilícito, evasão de divisas entre outros crimes se acumularam impunemente por anos e provocaram, inclusive, dívida de R$ 4 bilhões dos clubes junto ao fisco (Receita, INSS e Fundo de Garantia).

É nesse contexto que uma comissão especial tentará votar hoje o “Proforte”, projeto de lei com normas para que os clubes renegociem essa dívida fiscal.

Abordarei esse assunto na próxima mensagem, mas não tenho dúvidas de que estão a caminho novas medidas, disfarçadas de “incentivos”, para fazer crescer a corrupção entre cartolas e políticos.