Blog do José Cruz

Arquivo : abril 2014

Bebeto de Freitas: “A era de chumbo do esporte brasileiro é agora”
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José Cruz

Em bom momento, Bebeto de Freitas volta a se manifestar sobre o atual cenário esportivo brasileiro. Em frequentes e contundentes entrevistas ele analisa sobre os rumos do esporte em geral e do vôlei em particular.

Único técnico nacional campeão mundial por outro país, em todas as modalidades (vôlei, dirigindo a Itália, em 1998), as manifestações de Bebeto são oportunas e necessárias porque representam voz expressiva da oposição ao sistema atual. E, principalmente, para que melhor se entenda a situação do nosso esporte em geral e do vôlei em particular.

Em entrevista ao Esporte Essencial, Bebeto foi direto:

“A era de chumbo do esporte brasileiro é agora”! Mais: “Nuzman decretou a falência do esporte no país”.

A entrevista completa estáaqui


Rio 2016: o estranho atraso na matriz de responsabilidade
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José Cruz

A dois anos da realização dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, cai a terceira executiva de expressão  na estrutura do evento.

Maria Silvia Bastos, presidente da Empresa Olímpica Municipal, pediu demissão do cargo. Ela seguiu Márcio Fortes, que há um ano deixou a presidência da Autoridade Pública Olímpica, o órgão federal dos Jogos.

Em 2010, o secretário-geral do Comitê Organizador dos Jogos, Carlos Roberto Osório, até então um dos executivos de confiança de Carlos Arthur Nuzman, também se afastou da estrutura olímpica.

A ainda inacabada “matriz de responsabilidade” é apontada como o motivo da saída de Maria Silvia Bastos. Suposição, mas faz sentido.

Há poucos dias, representantes do Comitê Olímpico Internacional reclamaram a falta desse importante documento, que define quem é o responsável pelos investimentos financeiros nas diferentes obras projetadas, já que as obras estão divididas entre os governos federal, estadual e municipal.

Nos Jogos Pan-Americanos de 2007 faltou essa matriz, e 80% da conta de R$ 4 bilhões gastos naquela ocasião foram parar no Palácio do Planalto.

Disputas políticas

O atraso na definição da matriz de responsabilidade deve-se, principalmente, a disputas políticas dos três níveis governamentais, que evitam assumir compromissos bilionários. Mas o atraso na elaboração desse documento contribui, também, para que algumas obras sejam superfaturadas.

A estratégia é conhecida. Na medida em que o prazo de entrega das obras se aproxima, os governos se vêem obrigados a pular etapas importantes de licitações para cumprir os cronogramas. É nessa ocasião que ocorrem os superfaturamentos, e até pagamentos em dobro e por serviços não realizados, como constatou o Tribunal de Contas da União nas auditorias dos Jogos Pan Americanos.

Por tudo isso, passa a valer o chavão, “imagina depois da Copa…”