Crise anunciada no basquete, mas com grana garantida
José Cruz
O secretário de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, declarou que poderá rever a liberação de recursos financeiros para a Confederação Brasileira de Basquete. Foram R$ 14 milhões, em 2013.
“Hoje a gente percebe que o ponto frágil do sistema (no basquete) é a Confederação”.
Hoje. Secretário? Há quatro anos isso foi denunciado!
Leyser deu essa declaração depois de um puxão de orelhas do secretário-geral para as Américas da Federação Internacional de Basquete, o argentino Alberto Garcia. Para entender os detalhes dessa crise sugiro a leitura do artigo de Fábio Balassiano, aqui.
Desde 2009 publicam-se os balanços da CBB com rigorosa análise de especialistas. E os alertas de que se tratava de uma entidade falimentar, fosse a Confederação uma empresa comercial.
Mesmo assim, Ricardo Leyser manteve os cofres abertos, e o desastre está aí. Precisou um dirigente argentino lhe dizer sobre a fragilidade na gestão financeira da CBB que repercute, também, na falta de fomento e temor de que seu presidente, Carlos Nunes, não cumpra compromissos internacionais.
Desastre
Esse é mais um desastre no esporte brasileiro em 11 anos de governo do PT: temos um Ministério do Esporte que é cabide de empregos para muitos desocupados do PCdoB; fartura de dinheiro, instituições funcionando, mas um Conselho Nacional do Esporte que se reúne apenas para cumprir tabela. Com a presença de atletas!
Mas não temos a mínima fiscalização nos convênios entre o Ministério e os beneficiados. Porque não há equipe, apesar de cargos fartos que o ministro Aldo Rebele dispõe! E o desastre apareceu.