Segundo Tempo, lembram? Ação em família…
José Cruz
Relatórios da CGU (Controladoria Geral da União) contam detalhes sobre o escândalo do programa Segundo Tempo, aquele que ajudou a derrubar Orlando Silva do Ministério do Esporte.
As auditorias, encerradas em 2011, deixam claro que foi um esquema para desviar dinheiro público, disfarçado de “prestação de serviços às crianças”. Pesquiso sobre o desdobramento desses processos e em breve contarei aqui.
O esquema
Mas, para que tenham ideia do tal esquema, vejam a estrutura de uma instituição, que recebeu R$ 4 milhões do Ministério do Esporte, segundo a CGU. (Os CPFs são fictícios para não identificar os trambiqueiros).
“a) – o Diretor Presidente é irmão do Secretário Institucional e ambos são filhos do membro do Conselho Fiscal, CPF nº 7 e do membro do Conselho Fiscal suplente, CPF nº 9.
b) – O Diretor Presidente é, ainda, neto da Vice-Diretora presidente e sobrinho da Secretária Administrativa; e
c) – A Secretária Executiva, por sua vez, é irmã da Conselheira Fiscal suplente, CPF nº 10, e ambas são filhas da Diretora Social.”
Outro processo
“Dos 250 núcleos do Segundo Tempo previstos no convênio só 125 foram instalados. E caiu, também em 50%, o número de beneficiários, passando de 25.000 para 12.500.”
Mas o valor do convênio não foi alterado.