Blog do José Cruz

Arquivo : outubro 2013

Novo presidente da Autoridade Olímpica tende a ser mais severo
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José Cruz

 

Na Folha de S.Paulo

Juca Kfouri

Novo presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), o general Fernando Azevedo e Silva não estará chegando agora à Olimpíada do Rio de Janeiro.

Há cerca de um ano ele intervém, como representante direto da presidente Dilma Rousseff, na organização dos Jogos “dando ordens” a Carlos Nuzman, presidente do COB e do CoRio-16.

Isso mesmo.

A presidente da República tem sido enfática e determinou que quem paga manda, dá ordens.

A nova atitude foi comunicada a Nuzman em reunião tensa, na sala da Presidência, com a presença também do general e de mais duas pessoas. Nesse encontro, de tão pressionado ao ser exposto a escândalos, Nuzman literalmente chorou.

Petista, homem de confiança da presidente no Exército, o general é visto como inflexível no trato com dinheiro público. Ao contrário do que chegou a ser noticiado, não será reformado e seguirá no comando do esporte nas Forças Armadas.

Coincidência ou não, cerca de 80% dos atletas de ponta no país hoje estão ligados às Forças Armadas e há quem garanta, no Palácio do Planalto, que será por esta via, as Três Armas, que o governo federal pretende ampliar a influência no esporte nacional.

 

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/esporte/132190-novo-presidente-da-autoridade-olimpica-tende-a-ser-mais-severo.shtml


Esporte, política e rezas públicas
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José Cruz

Atleta que deixou saudades, tanto pelos resultados quanto pela carreira limpa que construiu, Carmem de Oliveira trabalha hoje na Secretaria de Esportes do Distrito Federal.

Formada em pedagogia, Carmem defende o esporte como apoio à formação integral dos jovens.

Maratonista que ainda detém o recorde sul-americano feminino (2h27min), Boston, 1994, Carmem pode se orgulhar de seu quadro de troféus.

Provocação

Hoje, em mensagem na rede, Carmem pergunta: “Quem quer dinheiro”?

A provocação alerta para o cadastramento das instituições  que vão pedir recursos financeiros ao Fundo de Apoio ao Esporte.

O secretário de Esporte do DF, Júlio Ribeiro, do PRB, ligado à Igreja Universal, diz que está fazendo “política pública de esporte”. Não é. É  política partidária, de olho na campanha eleitoral de 2014, na qual ele deverá sair candidato a deputado distrital.

Política pública é projeto de longo prazo e se faz envolvendo a educação e a saúde, principalmente.

Em Brasília, o secretário Júlio Ribeiro, mistura o cargo público – e as verbas, por extensão.  Faz poses concentradas ao lado de fieis e distribui passagens e sorrisos para atletas, exaltando a tal “política pública” do esporte.

Essa mistura de política e igrejas, em geral, é própria da nossa política. São os cargos públicos – e verbas, claro –  abrindo espaços aos candidatos. Isso é comum, Brasil afora, sabemos muito bem. Mas mostra como o assunto “esporte” ainda é tratado de forma tão assistencialista e, por isso, atrasada.

                                           Julio Ribeiro (à direita), em momento de oração

 


Quem é o pior no time do Inter?
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José Cruz

Sérgio Siqueira

Vasco é Vasco e o resto é o resto. Foi só dar uma azinha para o time da Cruz de Malta para ele frustrar os seus torcedores e sair da zona do rebaixamento. Pronto, meteu 3 x 1 no Internacional o que não quer dizer grande coisa, a não ser que mandou o São Paulo para o grupo dos decaídos.

Agora está ficando mais difícil o Vasco ser vice-campeão da Segundona no ano que vem. Isso é uma tristeza, porque no Brasileirão desta temporada ele já não tem mais nada para fazer: não será vice-lanterna, nem muito menos vice-campeão.

Está jogando para ficar onde está, só pra ver como é que fica.

Quanto aos 3 x 1 desta noite de quinta-feira, nada a declarar; sem comentários.

Mas se você tiver que escolher o pior entre o time do Inter e o Dunga, nem pestaneje: escolha a diretoria do Internacional.

 

Sérgio Siqueira é jornalista e assina o blog “Sanatório da Notícia”    

 

 


Senado ouvirá no dia 15 general indicado para presidir consórcio olímpico
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José Cruz

O general Fernando Azevedo e Silva, indicado pelo Palácio do Planalto para presidir o consórcio da Autoridade Pública Olímpica (APO) será sabatinado na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) no dia 15 de outubro.

Após a sabatina os senadores farão votação secreta, aprovando ou não o nome indicado. A Comissão de Assuntos Econômicos, presidida pelo senador Lindbergh Farias (PT/RJ), tem 27 titulares.

Preliminar

Na próxima terça-feira, o senador carioca Francisco Dornelles apresentará o relatório de análise da mensagem da presidente Dilma Rousseff, indicando o novo presidente.

Há dois meses, Márcio Fortes demitiu-se da presidência da APO, interrompendo uma gestão que iria até 2015.

O ato de criação da APO, de 2011, prevê a atuação de militares no consórcio. Porém, a legislação é omissa quanto à duração do mandato (de quatro anos) quando ele é interrompido, como neste caso.

A questão a esclarecer é se o novo presidente concluirá o mandato de Márcio Fortes, até 2015, vésperas da Olimpíada Rio 2016, ou se iniciará um novo período, que se estenderia até 2017.

Para saber mais:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12396.htm

 


Romário apoia Deley na campanha à presidência do Fluminense
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José Cruz

Craque do Fluminense entre 1976 e 1987, o hoje deputado federal Deley (PSC/RJ) ganhou importante adesão para sua campanha à presidência do Tricolor carioca, na eleição de 23 de novembro.

Deley conquistou nesta quarta-feira o apoio de seu colega parlamentar, deputado Romário, que também atuou pelo Flu, entre 2002 e 2004.

“Apoio Deley na campanha para presidir o Fluminense, clube onde joguei”, disse Romário.

“É muito importante ex-jogadores levarem suas experiências para a gestão do futebol. Principalmente agora, quando temos como parâmetro o fracasso da administração de Roberto Dinamite no Vasco”, afirmou Romário. “Deley terá a chance de observar tudo que Dinamite fez de errado para não repetir no Fluminense. A partir daí ele terá sucesso na sua gestão”.

Alegria

“Estou feliz com essa importantíssima adesão”, resumiu Deley. Se vencer, ele dará prioridade ao saneamento das dívidas do clube.

Júlio Bueno, derrotado na última eleição, também poderá disputar o pleito de novembro, quando faltarão apenas três rodadas para o encerramento do Campeonato Brasileiro. A colocação do Fluminense na tabela poderá pesar na decisão dos eleitores.

Ídolo da Torcida na década de 80, o ex-meio-campo Deley entrou para a história do  Tricolor das Laranjeiras ao vencer o Campeonato Carioca em quatro ocasiões, 1980 e o tricampeonato de 83, 84 e 1985. Deley também estava no time que se sagrou campeão Brasileiro de 1984.


Futebol feminino: a pátria sem chuteiras
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José Cruz

Modalidade que distribui medalhas em jogos olímpicos, o futebol feminino é “prima miserável” da milionária CBF.

A Seleção Brasileira foi prata, em Atenas, mas, hoje, a situação é tão grave que quando alguém se interessa jogar com as gurias o convite precisa vir com passagem aérea para toda delegação, hospedagem e alimentação garantidas.

“Não temos dinheiro porque a Seleção feminina não é rentável”, resumiu Ronaldo dos Santos, supervisor da CBF, na audiência pública desta quarta-feira, na Comissão de Turismo e Desporto (CTD) da Câmara dos Deputados.

Anualmente, a CBF aplica R$ 4 milhões no futebol feminino. Já para a Série D do Campeonato Brasileiro são R$ 40 milhões.

Pra salvar a “pátria feminina de chuteiras” o secretário de Futebol do Ministério do Esporte, Toninho Nascimento, entrou em campo.

Conseguiu patrocínio da Caixa, R$ 10 milhões, para um campeonato com 20 times, transmissão de jogos pela Fox e acertou com a prefeitura de Foz de Iguaçu a construção de um Centro de Excelência. O terreno é da usina de Itaipu e o dinheiro virá da Lei de Incentivo ao Esporte.

E agora, vai?

Não se sabe. O ex-técnico da Seleção Brasileira, René Simões, que participou da audiência pública, disse que esse assunto não é para o governo se meter.
“O esporte de alto rendimento não deveria estar sendo discutido nesta mesa, mas nas confederações”, afirmou.

“O ponto central é a CBF. Sem tocarmos nesse ponto não vamos a lugar algum”, disse René. “Da forma como a CBF trata o futebol feminino temo uma vergonha nos Jogos Olímpicos do Rio!”…

A CBF não quer saber mesmo do assunto e nem aceita dinheiro do governo para a categoria feminina. Por isso, uma liga, por exemplo, prevista na Lei Pelé, poderá surgir para livrar o futebol feminino da CBF e dar novos rumos à modalidade.

Enquanto isso…

O sonho de Toninho Nascimento é repatriar jogadoras famosas para fortalecer a competição interna e até formar uma seleção permanente.

O gaúcho Marcos Planela, que trabalha há 20 anos com a modalidade, quer “amparo de leis para a modalidade não ficar dependente dos benefícios individuais – como o da Caixa – e temporários”. É a tese do Estado se envolvendo cada vez mais com a atividade particular.

A fragilidade do futebol feminino reflete a falta de políticas públicas para o esporte. Repete as falhas do basquete, do hadebol, do atletismo, natação etc. Não há projetos a partir da escola para incentivar a formação de atletas. E muito menos para que se torne uma prática de puro lazer.

É aí que o Ministério do Esporte aproveita a brecha. Sem planos integrados trata cada modalidade conforme a ocasião, num diálogo de cofre aberto. Este filme dura 10 anos… E no caso do futebol feminino, com forte apelo popular, pode até faltar resultados de longo prazo, mas as boas ações ministeriais poderão render votos ao partido já na próxima eleição.


Autoridade Pública Olímpica: um militar vai tentar a ordem unida
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José Cruz

Para evitar a farra política-financeira do Pan 2007, a presidente Dilma Rousseff optou pela ordem unida na preparação do Rio aos Jogos 2016, e indicou um general para presidir o consórcio da Autoridade Pública Olímpica (APO), formada pelas representações dos governos federal, estadual e municipal do Rio de Janeiro.

Dois meses depois que Márcio Fortes se demitir da APO, Dilma indicou o general-de-divisão Fernando Azevedo e Silva, para ser sabatinado pelo Senado Federal.

Ele comanda a Comissão Desportiva Militar do Brasil, histórica opositora a Carlos Arthur Nuzman. A indicação presidencial está no Diário Oficial de hoje.

Azevedo e Silva, que também comandou o Centro de Capacitação Física do Exército, tem o apoio do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, apesar de um assessor do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser Gonçalves, ter entrado na disputa pelo cargo.

Ocorre que Leyser, da Secretaria de Alto Rendimento, é da Escola do ex-ministro Orlando Silva, demitido do Ministério do Esporte acusado de ter fechado os olhos à corrupção na pasta.

Assim, a indicação da presidente Dilma é uma tentativa de tirar o foco político da organização dos Jogos para que, sob comando apartidário, evite-se o desperdício financeiro verificado nos Jogos Pan-Americanos, quando a conta chegou a R$ 3,6 bilhões. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o governador Sérgio Cabral já tinham se manifestado contrários ao trabalho da APO. Agora, terão que se submeter à ordem unida.

Outro militar já atua na organização dos Jogos Rio 2016. É o general Marco Aurélio Costa Vieira, que responde pela Diretoria de Operações, cargo estratégico na estrutura dos Jogos Rio 2016.

Sob o seu comando estão as diretorias de Relações com os Comitês Olímpicos e Paralímpicos Nacionais, Vila Olímpica e Paralímpica, instalações, cerimônias de abertura e de encerramento, serviços dos jogos, acomodações, transporte, segurança e tecnologia, justamente áreas que têm preocupado o Comitê Olímpico Internacional e o TCU.


Voltei
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José Cruz

Depois de cinco meses trabalhando na equipe do deputado Romário (PSB/RJ), volto ao UOL Esporte.

Há um mês, quando Romário deixou a presidência da Comissão de Turismo e Desporto (CTD), senti-me à vontade para sugerir o fim do acordo de assessor, que iria até o final do ano.

Saí numa boa e até com convite do novo presidente da CTD, deputado Valadares Filho (PSB/SE), para lá continuar. Mas optei por voltar à rotina dos comentários, análises e reportagens esportivas.

Apesar dessa mudança, continuarei o trabalho – gratuitamente – com outros companheiros idealistas, para termos em 2014 um debate sobre a necessidade de se ter uma estrutura institucional do nosso esporte. Essa deficiência crônica repercute principalmente no desperdício de verbas públicas e corrupção, já identificada pelos órgãos de fiscalização do governo.

Na próxima mensagem comentarei sobre graves problemas na preparação do Rio aos Jogos 2016. A situação é muito séria e a principal decisão está nas mãos da presidente Dilma.