Governo atropela CBF, paga e promove campeonato feminino
José Cruz
Na desordem das instituições do esporte brasileiro está claro que o ministério dirigido por Aldo Rebelo – criado há 10 anos – nunca se interessou por definir atribuições. Por isso, não se tem até hoje um plano para a descoberta de talentos. Agnelo Queiroz tentou, mas de forma eleitoreira, desastrosa e, por isso, corrupta. Não deu em nada, como de resto fracassaram suas tentativas de fazer alguma coisa pelo setor.
Mas está claro, também, que o Ministério do Esporte fez a opção definitiva pelo alto rendimento. Porque aí aparecem os resultados, aí comparece a mídia e, óbvio, nesse pódio estão os cartolas e os políticos. E políticos precisam de visibilidade, porque as eleições estão chegando. E, apesar de Aldo não ser candidato em 2014, seu partido, o PCdoB, precisa ficar bem na fita.
A mais recente invencionice do Ministério do Esporte revela uma “intervenção pacífica” na CBF, que nunca deu bola para o futebol feminino. Então, o Ministério do Esporte criou um campeonato nacional feminino, às pressas, para acabar ainda este ano.
As mulheres merecem, têm direito, claro!
Mas a questão é que o “Brasileirão Feminino” patrocinado com R$ 10 milhões da Caixa, foi organizado por quem deveria estar cuidado de política de esporte e não extrapolando sua competência para se meter numa área onde tem uma poderosa instituição com capacidade para tal.
Pior:
O Brasileirão Feminino do governo da presidente Dilma não pagou a arbitragem da primeira rodada. E o campeonato já está na segunda fase… como revela reportagem de Amanda Martimon do Correio Braziliense.
Com o jogo das mulheres, o Ministério faz marketing político, porque São Paulo é o principal centro de futebol feminino é lá que o ministro Aldo Rebelo quer fortalecer o seu partido, PCdoB, junto ao eleitorado feminino.
No link, a reportagem com os detalhes dessa aventura governamental.
https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2013/10/21/desrespeito-as-damas