Blog do José Cruz

Presidente da Confederação de Tênis, Jorge Rosa, se enreda mais

José Cruz

O presidente da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), Jorge Rosa, está numa enrascada de R$ 601 mil.

Na coletiva de hoje, em São Paulo, ele não conseguiu esclarecer a operação de R$ 400 mil para o aluguel de duas quadras de tênis – que, na verdade, foram cedidas gratuitamente.

Da mesma forma, não esclareceu sobre outro desembolso de R$ 40 mil para uma quadra de borracha que não foi montada. Ambas operações com dinheiro da Lei de Incentivo ao Esporte. Ou seja, dinheiro do contribuinte do Imposto de Renda.

Pior:

Para os técnicos do Ministério do Esporte que analisaram a prestação de contas, Jorge Rosa errou ao pedir dinheiro para uma determinada despesa e ter realizado outra. A legislação não permite isso, e até o estagiário em contas públicas sabe de tal proibição.

Mas o cartola, diante do erro grosseiro, colocou a culpa no Ministério do Esporte.

Ou Jorge Rosa é ingênuo ou quer aplicar outro ''topspin'' (jogada de efeito, no tênis), atribuindo a culpa a terceiros para tentar escapar da devolução da grana.

Ingênuo ele não é. Com esperteza, Rosa se elegeu pela terceira vez para o cargo de presidente da CBT, quando defendia apenas dois mandatos consecutivos.

Jogo aberto

Para que não fiquem dúvidas, o polêmico recibo, cuja cópia tenho à minha frente, diz o seguinte:

“Aluguel de Arena no Clube Harmonia de Tênis em São Paulo – valor: R$ 400 mil''.

E o presidente da “Sociedade Harmonia” –  o verdadeiro nome da entidade – garante que a grana não entrou nos cofres da entidade.

Então, o que o senhor presidente da Confederação Brasileira de Tênis ainda tem que esclarecer é o seguinte: quem ganhou quanto  nas duas operações, que totalizaram R$ 440 mil? isso está muito nebuloso nas palavras do cartola

Agora, Jorge terá 20 dias para se explicar ao Ministério do Esporte. E deverá manter os mesmos documentos da prestação de contas original, conforme ficou claro na coletiva.

Neste caso, terá que devolver os R$ 601 mil. Apenas isso.

E no dia seguinte ele pode voltar aos gabinetes do governo para novas operações financeiras, porque estará tudo limpo.