Espaço esportivo de Brasília é reprovado pelo Tribunal de Contas do DF
José Cruz
A três meses de ser concluído, o Estádio Mané Garrincha contrasta sua modernidade e conforto com o “total abandono” de outros espaços esportivos na mesma área.
Um recente relatório do Tribunal de Contas do Distrito Federal informou que em algumas dessas dependências, como a piscina olímpica, onde funciona escola de natação para mil crianças, a situação é tão caótica que “oferece riscos aos usuários”.
Já o ginásio Cláudio Coutinho, que originalmente era uma piscina coberta, “encontra-se em situação de completo abandono, estando, inclusive, fechado ao público”.
O ginásio e a piscina estão a 200 metros do estádio em construção para a Copa das Confederações e Mundial de Futebol.
O relatório é resultado de três meses de inspeções técnicas dos auditores do TCDF em instalações públicas da capital: pontes, viadutos, prédios e monumentos públicos e esportivos.
''A manutenção é realizada de maneira improvisada, casual e não garante a integridade das edificações”, atestaram os auditores.
E concluíram:
“Nenhuma das 13 unidades questionadas tem plano de manutenção rotineira e a planejada, o que encarece a realização desses serviços e geralmente causa maiores transtornos à população”.
Os auditores ainda não foram às escolas nem as às praças públicas. Ali. também predomina o desleixo.
É nesse panorama que Brasília se prepara para receber, em novembro, os Olimpíadas Escolares Mundiais (Gymnasiade). A competição, realizada com intervalo de quatro anos, reúne dois mil atletas de 14 a 17 anos, de cerca de 45 países.