Com medo de apagão, Fifa exige geradores nos estádios
José Cruz
Bem antes de explodir a “crise do apagão” – que não teremos, garante a Presidente Dilma Rousseff – a Fifa já se preparava para enfrentar o pior.
Há seis anos, quando o Brasil conquistou a sede do Mundial de 2014, o Caderno de Encargos da Fifa já previa a contratação de geradores de energia.
“Para evitar o atraso ou o cancelamento de eventos devido à falta de energia, a Fifa recomenda a instalação de geradores de energia alternativos e de um sistema ride-trough, que mantém o suprimento de energia estável enquanto o gerador começa a operar. O sistema alternativo deve ser capaz de funcionar por três horas”.
Esta “recomendação” tornou-se exigência. Os gastos vão crescer.
Outras despesas terão que ser feitas próximas dos estádios, todas por conta dos governos das cidades-sedes.
As “construções temporárias”, por exemplo, destinadas às autoridades, convidados VIPs, voluntários etc, com custos em torno de R$ 80 milhões.
Um deputado próximo ao gabinete do governo distrital afirmou que Agnelo Queiroz tentou passar essas contas para o Palácio do Planalto. Não deu certo.
“Que cada estado pague as suas despesas”, foi a resposta.
Mas, afinal, o Estádio Mané Garrincha não estará equipado com sistema de energia solar, tão badalado pelo próprio governo?
E a Fifa ainda quer geradores?
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