Blog do José Cruz

Arquivo : novembro 2012

Luto no esporte
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José Cruz

Morreu Nelson Prudêncio, herói do atletismo, medalhista olímpico. Aos 68 anos, câncer no pulmão.

Prata nos Jogos do México, 1968, e bronze em Munique, 1972, ambas no salto triplo, Nelson era também professor de Educação Física com doutorado em Atletismo, vinculado à Universidade de São Carlos (SP).

Vice-presidente da Confederação Brasileira de Atletismo, Nelson foi da famosa escola de triplistas que começou com Adhemar Ferreira da Silva e João Carlos de Oliveira, o João do Pulo.

O trio, com tantos outros atletas, treinava e disputava numa época em que não havia Bolsa Atleta, Lei de Incentivo nem patrocínio de estatal. Dinheiro era proibido no esporte olímpico. Mesmo assim chegaram ao pódio internacional.

Hoje, temos novos campeões, mas os tempos são outros.

Conversar com Nelson Prudêncio era ter aulas sobre esporte e educação. Numa dessas vezes foi na pista de atletismo do CIEF, em Brasília, após a inauguração de uma placa em homenagem à sua carreira.   Adhemar, João do Pulo e Joaquim Cruz também foram homenageados por seus feitos históricos no mesmo local.


São Paulo FC questiona preferência do Governo pelo Corinthians
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José Cruz

Do São Paulo FC recebi mensagem em que questiona, entre outros aspectos, se estaria em curso uma “política de governo” para uma única entidade. Mesmo sem citar, essa entidade seria o Corinthians, diante do perfil da mensagem que publico na íntegra

Sobre o post de ontem, com o título “São Paulo FC também recebeu verbas do governo: R$ 26 milhões”, o clube esclarece:

 “A despeito do mais absoluto respeito e admiração que nutrimos pelo indispensável trabalho realizado pelo Jornalista José Cruz, entendemos como imprópria a comparação que pretendeu fazer no post publicado em seu blog no portal UOL com o título São Paulo FC também recebeu verbas do governo: R$ 26 milhões

A mencionada crítica feita por dirigentes do São Paulo Futebol Clube não é centrada no fato deste ou daquele clube ter recebido ‘recursos provenientes do Governo Federal’.

O que se questiona, tendo em vista todo o apoio dado por entidades públicas à construção do Estádio, somado ao patrocínio da camisa ora firmado pela Caixa Econômica Federal, é se estaria em curso neste País uma ‘política de governo’ com a finalidade de fomentar as atividades de uma única entidade de prática desportiva da modalidade futebol profissional, em detrimento de todas as demais, o que, certamente, desvirtuaria o essencial equilíbrio da competição esportiva.

Já no caso dos recursos percebidos pelo São Paulo Futebol Clube, foram todos, como bem mencionado no post, provenientes da Lei de Incentivo ao Esporte, Programa do Governo Federal oportunizado a todas as entidades desportivas do Brasil, desde que, logicamente, atendidos determinados requisitos. Consulta ao site do Ministério do Esporte confirma, inclusive, que algumas centenas de entidades esportivas (clubes, federações, confederações e ligas) também já foram beneficiadas por recursos da Lei de Incentivo ao Esporte.

Era o que pretendíamos esclarecer, agradecendo desde logo pela atenção.

José Francisco Cimino Manssur

Assessor da Presidência do São Paulo Futebol Clube”


O dinheiro da Copa e o silêncio dos inocentes
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José Cruz

Ricardo Teixeira – Outubro de 2007

“Faço questão absoluta de garantir que a Copa de 2014 será uma Copa em que o poder público nada gastará em atividades desportivas”

Ex-presidente Lula – Outubro de 2007

“Tudo será bancado pela iniciativa privada. Esta será a Copa da transparência”.

Dezembro de 2007 – ex-ministro do Esporte, Orlando Silva

“Os estádios para a Copa do Mundo serão construídos com dinheiro privado. Não haverá um centavo de dinheiro público para os estádios”.

Hoje, na imprensa brasileira

Repercute a notícia de que a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) comprou cota de patrocínio da Copa do Mundo 2015.

A ApexBrasil é um órgão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Segundo a Folha de S.Paulo o “anunciante local”, mesmo nível da Apex, paga até R$ 16 milhões anuais para associar sua marca à Copa 2014.

O BNDES, por sua vez, já aprovou R$ 3,3 bilhões para estádios, conforme o último relatório do Tribunal de Contas da União. Empréstimo, com garantias e tudo mais. Mas é verba pública na jogada.

E qual a participação da iniciativa privada no “negócio” Copa?

Enquanto isso…

… os envolvidos no patrocínio da TAM (R$ 7 milhões anuais) à Seleção Brasileira silenciaram diante do pedido do deputado Romário para explicarem o “negócio”, na Câmara Federal.

Conforme a Folha divulgou, o pagamento do patrocínio não era diretamente à CBF, mas na conta de amigos do ex-presidente Ricardo Teixeira.

Entre os denunciados está Paulo Castello Branco, Wagner Abrahão, Cláudio , Luis Barros e Gilmar Caldeira, todos ligados ao Grupo Águia.

No total, o deputado convidou 12 pessoas, inclusive representante da Receita Federal, para saber se os recolhimentos de impostos são feitos devidamente.

Apenas o Ministério do Esporte confirmou presença na audiência. Os demais alegaram “compromissos” para justificar ausência.

Como os contratos de patrocínio são “sigilosos” está explicada a fuga dos distintos senhores.

E é assim o futebol brasileiro, com negócios suspeitos

A Seleção Brasileira não é patrimônio da CBF, mas do nosso esporte. No entanto está sendo negociada por espertos que faturam em seu nome, enquanto o governo federal financia os negócios da Copa.


São Paulo FC também recebeu verbas do governo: R$ 26 milhões
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José Cruz

O companheiro Perrone informa em seu blog que a parceria da Caixa com o Corinthians provocou ciumeira no Tricolor paulista.

A tese da “oposição” é que, com apoios de várias frentes o alvinegro, do ex-presidente Lula, é time do Governo. E os concorrentes ficam de mãos abanando.

Os concorrentes estão sem o apoio oficial, diz o chororô.

Não é bem assim

Entre 2007 e 2011, o São Paulo Futebol Clube conseguiu R$ 26 milhões da Lei de Incentivo ao Esporte. Dinheiro gratuito que entrou nos seus cofres para vários investimentos, nas categorias de base e obras, inclusive.

E ao formar atletas e vendê-los o clube está faturando para o seu patrimônio com financiamento público gratuito.

Não entro no mérito de julgar o equilíbrio entre o patrocínio da Caixa e a captação de recursos da Lei de Incentivo. São fontes e parâmetros bem distintos.

Em resumo: o São Paulo também ganhou boa grana dos cofres do governo.

Transparência

O que precisa ser esclarecido é se o Corinthians está em dia com seus compromissos para com o fisco e possa receber a grana legalmente.

Como publiquei, há dois meses todos os clubes que disputam a Série A do Campeonato Brasileiro estavam “inadimplentes” no cadastro do Governo Federal.

Ou seja, ficha suja, não recolheram impostos e, assim, não podiam receber verbas públicas. O Corinthians estava entre esses.

De todas consultas que fiz recebi apenas uma resposta exibindo as “certidões negativas”: São Paulo Futebol Clube.

Os demais silenciaram.

Finalmente:

Observe, caro leitor-torcedor, que estamos falando de dinheiro público destinado ao futebol profissional, cujos negócios que realiza com seus melhores atletas são escondidos, ofuscados pela falta de transparência e suspeitos de irregularidades.

Estamos falando de um segmento empresarial que deve R$ 2 bilhões ao fisco e trabalha no Congresso Nacional para ter a dívida perdoada!!!

E é nesse “negócio” que o governo decidiu apoiar através de patrocínios, Timemania e Lei de Incentivo, enquanto educação, segurança e saúde mendigam migalhas para atender à população.


Caixa & Corinthians, patrocínio de valor. Já a transparência…
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José Cruz

As direções da Caixa Econômica e Corinthians assinam hoje contrato de parceria.

Em outras palavras, a Caixa vai vincular sua marca ao time que disputará o título mundial de clubes. E pagará por isso. O valor oficial no negócio não foi divulgado.

Indignado, um leitor, “CWJ” reclamou …

“… da falta de mentalidade esportiva no Brasil que explica algumas coisas é a Caixa Econômica Federal dar um patrocínio de R$ 35 milhões a um time de futebol profissional que é o Corinthians. Fim da picada. Cada vez a coisa fica pior. Banco federal, dinheiro público, se fizer propaganda ou não, não faz a menor diferença pra eles, mas quem manda no banco????? Quem manda no banco é o mesmo governo federal que deveria obrigar ao MEC a dar atenção a Educação Física aos nossos alunos e mudar a situação do esporte brasileiro. Deveria, mas não faz.”

Calma, CWJ!

Uma coisa é questionarmos a parceria, que implica no repasse de recursos de um órgão público para o futebol profissional.

Em tese, suspeitíssimo futebol profissional, de contas ocultas e transparência opaca.

Futebol que deve R$ 2 bilhões ao INSS, ao Imposto de Renda e Fundo de Garantia. Futebol que tem passivo de R$ 3 bilhões em dívidas trabalhistas …

Mas nessa parceria há um “negócio” que interessa à Caixa.

Assim como o Banco do Brasil, que há vinte e tantos anos apostou no vôlei e vôlei de praia, a concorrente Caixa escolheu um clube popular cuja torcida também se alinha ao seu perfil que é atender, prioritariamente, clientela que busca acesso a produtos básicos, como a moradia, empréstimos etc.

Isso é uma estratégia de marketing e o companheiro Erich Beting, também blogueiro do UOL Esporte, poderá analisar com propriedade, pois é especialista no tema.

Particularmente, observo que, antes de patrocínio da Caixa, o que temos é uma parceria de interesse mútuo.

A direção da Caixa aposta no crescimento de sua clientela a partir do apoio financeiro a um clube com torcida numerosa em todo o país. Poderia ser o Flamengo, mas quem está em destaque é o Corinthians, que em breve terá estádio próprio.

A verdade é que a verba para o marketing esportivo existe. Seria aplicado numa  determinada estratégia. A direção da Caixa escolheu o futebol e um time que oferece visibilidade de imagem.

A proximidade da Copa das Confederações e Copa do Mundo, com o envolvimento do torcedor nesse ambiente deve ter contribuído para a decisão. Assim como outro concorrente, o Bradesco, que vinculou sua marca aos Jogos Olímpicos e faz propaganda e barulho.

A guerra de marcas é por aí e o esporte vai ganhar muito.

Mas se esses negócios forem transparentes, o contribuinte agradece, porque no marketing das estatais o dinheiro é público.


Os problemas de uma política de esportes
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José Cruz

O jornalista Luis Nassif abordou em seu blog um dos temas que tenho insistido neste espaço: a falta de uma política nacional integrada de esportes.

Sob o aspecto esportivo esta análise torna-se valorizada porque vem de u m especialista em economia. E, sabemos bem, o esporte de alto rendimento sustenta-se, desde 2001, em verbas públicas e parcerias de marketing com estatais, principalmente.

O artigo começa assim:

Coluna Econômica

Por Luis Nassif

Há tempos o Ministério da Saúde firmou parceria com grandes hospitais privados, como o Sírio Libanês e o Albert Einstein para difundir seu conhecimento para polos hospitalares em todos os cantos do país.

O mesmo procedimento deveria ser adotado pelo Ministério dos Esportes com os grandes clubes esportivos, que se dedicaram ao desenvolvimento de atletas.

No Seminário “Gestão Esportiva”, do projeto Brasilianas, foi apresentado o “case” do Esporte Clube Pinheiro, de São Paulo.

O clube tem 113 anos, 38 mil associados num total de 136 mil pessoas, 2.900 atletas e um orçamento anual de R$ 132 milhões.

O artigo completo está aqui: http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/os-problemas-de-uma-politica-de-esportes

 

Obrigado ao autor por permitir a publicação deste artigo.


Ainda sobre os longos mandatos dos cartolas
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José Cruz

Recebi telefona de Coaracy Nunes, presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos. Ele protestou contra a dureza de minhas críticas à sua gestão.

Tais críticas estão em meu blog. Se alguém explorar o texto acrescentando adjetivos como “senil” ou “decadente”,por exemplo, o fazem indevidamente e tem meu total repúdio. Não uso tais expressões agressivas.

Respeitosamente, ritero  minha contrariedade à perpetuação dos dirigentes esportivos no comando das confederações com os seguintes argumentos:

Mesmo apoiada por dirigentes estaduais, esse continuísmo se contrapõe ao princípio democrático da renovação de diretorias, como ocorre nos cargos eletivos em geral, a partir da Presidência da República.

Com as verbas públicas destinadas às confederações seus presidentes têm bons argumentos para convencer os dirigentes estaduais sobre o rumo de seus votos.

As confederações, em geral, contribuem com as federações nas suas despesas de administração, telefone, secretárias etc. Isso aproxima o dirigente maior dos presidentes estaduais. E cria sentimento do “agradecimento” e, em decorrência, a perpetuação ocorre.

Temos um caso ridículo, ousado até, de afronta e atentado à democracia, que é a Confederação de Tênis, cujo presidente, Jorge Rosa, depois de atualizar o estatuto o modificou, permitindo a tripla reeleição. Sem qualquer reação do Governo federal ou dos Correios, patrocinador do tênis. Tornam-se cúmplicas do abusado.

Era assim que governos estaduais também se sustentavam no poder à época da ditadura.

Próximos do Palácio do Planalto e dos generais, políticos de ocasião eram nomeados governadores e senadores “biônicos”. Deputados eram cassados e assim o governo formava sua base de “apoio”.

O próprio presidente do Senado, José Sarney, foi beneficiário desse sistema ao ser nomeado governador do Maranhão, em 1966.

É triste tal comparação, porque o esporte,  historicamente  instrumento de apoio à educação, no Brasil não se presta como exemplo para identificar práticas democráticas.

Com certeza Coaracy Nunes poderia estar em cargo de destaque no Comitê Organizador dos Jogos 2016. Seu conhecimento e intercâmbio internacionais não são desprezíveis e devem ser aproveitados em eventos maiores.

Porém, há mais de duas décadas no comando da CBDA e buscand novo mandato, sua ficha de serviços ao esporte fica enfraquecida.


Romário quer CPIs para a CBF e Comitê Olímpico. Ótima proposta, mas é o melhor momento?
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José Cruz

O deputado Romário publicou nas redes sociais:

“A CBF e o COB são as duas entidades mais desonestas do Brasil”

Partindo de um campeão do mundo e agora deputado federal com eficiente atuação parlamentar a denúncia tem peso e precisa ser considerada.

Considerada, incialmente, pelos órgãos de fiscalização do dinheiro público, a partir do Ministério do Esporte, Tribunal de Contas, Controladoria Geral da União (CGU) e da Polícia Federal, se preciso.

Há  mais de uma década escrevo que o esporte tornou um negócio para poucos ganharem muito dinheiro. Dinheiro público, como demonstram auditorias do TCU e da CGU.

Por que tantos cartolas lutam para se perpetuar em seus cargos, fugindo à tradição da eleição democrática que conquistamos depois de anos de ditadura? Lutam, inclusive, alterando o estatuto, como fez Jorge Rosa da Confederação de Tênis. Esperto esse rapaz que chegou ao poder iludindo a muitos – eu inclusive – pelo discurso da moralidade e transparência… Quem diria, Jorge Rosa!

Exemplos

Entre 2011 e 2012 a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) levantou R$ 42 milhões de verbas da Lei de Incentivo, patrocínios dos Correios, convênios com o Ministério do Esporte e Lei Piva.

E que resultados internacionais exibe? Onde está a evolução? Mas Coaracy continuará até 2017… mandando no setor. Três décadas de ditadura.

Pior:

Veja, caro Leitor, o que escreveu o Peter Siensem, presidente do Fluminense, que desenvolve 12 modalidades olímpicas, entre elas a natação, o polo aquático, saltos e o nado sincronizado:

Não recebemos nada (de dinheiro público, via CBDA). Hoje, fora a natação e o polo, os outros esportes aquáticos dão consideráveis prejuízos. Estamos avaliando o que fazer com essa situação em relação ao nado sincronizado e salto ornamental”.

Já o vice-presidente do Flu escreveu o seguinte, respondendo minhas indagações:

O Presidente Peter resumiu em poucas palavras a situação real e atual de nosso clube e aproveito para dizer que não é diferente da grande maioria, porque simplesmente os recursos não chegam aos formadores de atletas, ou seja, os clubes.

Entenderam? o dinheiro que o presidente da CBDA, Coaracy Nunes, capta junto a governo não chega aos atletas através dos clubes. Então, onde é aplicado? é o que temos questionado há anos!!! o dinheiro não chega no atleta, na base, na iniciação. Está concentrado no atleta pronto, que já tem patrocínios e bolsa atleta valorizadíssima.

É isso que precisa ser esclarecido, como sugere o deputado Romário.

Não adianta dizer que as prestações de contas são aprovadas. Como estamos falando de verba pública, o público contribuinte precisa saber sobre tais gastos! Isso é elementar numa transparência, justamente o que falta ao nosso esporte em geral.

CPI

Mas este final de ano legislativo não é o melhor momento para mobilizar Câmara e Senado por uma CPI, como sugere o deputado.

Não há tempo para que a proposta tenha sucesso em curto período.  Até porque, muito parlamentar esperto sabe como atrasar a tramitação de uma proposta dessas.

Reserve fôlego, deputado Romário. Elabore um esquema eficiente para o início de 2013, quando, inclusive, teremos novos presidentes nas Mesas da Câmara e do Senado e os rumos da tramitação poderão ser mais eficientes.

Além disso, poderá mobilizar a opinião  pública, atletas, técnicos etc para que sua proposta ganhe apoio popular.

E, instaladas essas CPIs, que se venham as quebras de sigilos contábil, fiscal e bancário.

A presidente Dilma sabe o que está se passando em seu governo na área do esporte? Tem noção do rombo que herdou do governo passado, quando muitos assaltaram o Ministério do Esporte, nas barbas do então ministro Orlando Silva?

Com o devido respeito, Presidente Dilma, peça à CGU um balanço das falcatruas identificadas nestes nove anos de Ministério do Esporte e dos recursos aplicados no esporte em geral. Com certeza a Senhora vai se surpreender. E, quem sabe, até apoie as CPIs. Só assim se poderá ter um verdadeiro perfil do uso da verba pública no setor.


Estádio de Brasília terá cadeiras vermelhas, homenagem ao PT
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José Cruz

A primeira sinalização de que os megaeventos esportivos no Brasil servirão, também, como peça  de marketing político ocorre em Brasília.

O titular da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público do Distrito Federal, Alexandre Gonçalves, quer saber porque o governador Agnelo Queiros determinou a mudança nas cores das cadeiras do estádio de futebol, que terá capacidade para 72 mil pessoas.

Trocou o azul, o amarelo e o verde, cores da Bandeira Nacional, para o vermelho, símbolo do PT, partido de Agnelo. Nos bastidores, o governador já busca apoios para disputar a reeleição.

Alexandre Gonçalves aguarda a manifestação oficial para decidir sobre que tipo de medida cabe nessa decisão de troca de cores das cadeiras.

O azul, “sinal de hospitalidade”,  seria usado apenas na área VIP, segundo o arquiteto da obra, Eduardo de Castro Mello em declaração do Jornal de Brasília.

Nos demais setores do estádio o amarelo claro e o verde estão mesclados, conforme a maquete exibida pelo próprio Governo do Distrito Federal.

 

Agnelo está nos Estados Unidos tentando  encontrar empresa interessada em arrendar o estádio. Se não conseguir, ele ficará com o mico na mão.

Precisará de show semanais de Madona, Lady Gaga, Charlie Chaplin e outros milagres do além para tentar lotar o gigante que constroi com dinheiro público.


Apelo de atleta: “Devolvam o meu troféu”
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José Cruz

Caríssima Presidenta Dilma

Venho através deste desabafo fazer apenas uma pergunta: Por que?

Sou brasileiro, honro a baneira mundo afora e sou conhecido, hoje, como o melhor brasileiro da modalidade do Surf.

Milhões de Brasileiros acompanham o meu esporte, praticam e vibram com a cena desta foto, mas infelizmente a Receita Federal Brasileira prendeu meu troféu de campeão desse campeonato de Jefreys Bay, na África do Sul, alegando que eu usaria como EXPOSIÇÃO.

Com o pouco tempo que tenho aqui no Brasil, entre uma viagem e outra que faço para competir, dou o meu máximo para resolver este problema que parece não ter mais solução.

Já envei diversos tipos de documentos e cópia, mas continuam me pedindo outros milhares. Estou cansado.

Há mais de três meses venho tenho essa dificuldade para pegar meu troféu, e sonhando com ele todos os dias na minha casa.

E eu pergunto, Presidenta Dilma, POR QUE?

Viajo muito e trabalho o ano inteiro em busca de títulos para o Brasil, para honrar a nossa bandeira, e quando isso acontece o próprio Brasil me impede de ter em mãos o meu troféu?

Aqui, então, venho encarecidamente fazer o meu pedido de ajuda.

Atenciosamente

Adriano de Souza”

Saiba mais:

http://www1.folha.uol.com.br/esporte/1184430-surfista-n-5-do-mundo-reclama-de-trofeu-barrado-em-sp-receita-responde.shtml