Perfil de alguns eleitores na tetraeleição de Carlos Nuzman
José Cruz
João Havelange – homenageado de honra do COB, mesmo depois de ter se desligado do Comitê Olímpico Internacional, evitando condenação e expulsão, por suspeitas de corrupção, episódio da ISL.
Roberto Gesta de Melo – 25 anos à frente da Confederação Brasileira de Atletismo, mas já realizou eleição e transfere o cargo em janeiro de 2013. É um dos maiores colecionadores de peças olímpicas do mundo.
Coaracy Nunes – 24 anos presidente da Confederação de Desportos Aquáticos. Nos Jogos de 2000 entrevistei Coaracy, em Sidney. Ele declarou que seria a sua última olimpíada, e que Gustavo Borges deveria ser o seu substituto. Há 12 anos…
Carlos Luiz Martins – Indicado por Nuzman, é interventor na Confederação de Vela e Motor, há cinco anos… É este ato – “intervenção” – que o governo não faz no COB nem nas confederações por ser antidemocrático, como declarou o ministro Aldo Rebelo.
Carlos Nunes – Presidente da Confederação de Basquete deixou de me conceder entrevista depois de eleito. Tem medo de perguntas difíceis de responder. Democracia e transparência é por aí…
João Tomasini, da Confederação de Canoagem, que não pode receber verbas públicas porque está enredada com problemas de bingos, daqueles tempos… Outras tantas entidades estão na mesma situação.
Jorge Lacerda – Mudou o estatuto da Confederação de Tênis, permitindo apenas uma reeleição. Depois se arrependeu, rasgou a reforma e voltou ao texto anterior. Pior: antecipou a eleição e garantiu assento até 2016. Sujeito de palavra esse Jorge!
Hipismo – Luiz Roberto Giugni é o presidente. Captou R$ 6,5 milhões na Lei de Incentivo para “desenvolver o hipismo”. Mas o dinheiro, público, pagou parte da competição “Athina Onassis Horse Show”. Nos últimos quatro anos, a CBH recebeu R$ 9,8 milhões da Lei Piva, convênios com o Ministério do Esporte e Lei de Incentivo para preparar a equipe que foi aos Jogos de Londres.
Futebol – José Maria Marin, que substituiu Ricardo Teixeira. Sem comentários.
E por aí vai…