Paraolímpicos tiveram R$ 131 milhões para a campanha de Londres
José Cruz
Em sétimo lugar, O Brasil paraolímpico sai vitorioso dos Jogos de Londres. Evoluiu duas posições comparativamente aos Jogos de Pequim, em 2008, com cinco medalhas de ouro a mais (21 x 16). Veja o quadro final.
Orçamento
Para a campanha, o Comitê Paraolímpico Brasileiro trabalhou com orçamento de R$ 131,5 milhões entre os anos de 2009 e junho de 2012, conforme levantamento que realizei com a equipe da Associação Contas Abertas junto aos órgãos financiadores e documentos oficiais, como Orçamento do Ministério do Esporte.
FONTES (Em R$ milhões)
Ministério do Esporte | 22,1 |
Lei Agnelo Piva | 63,8 |
Lei Agnelo Piva | 7,4 |
Estatais | 38,2 |
TOTAL | 131,5 |
No mesmo período, o Comitê Olímpico recebeu R$ 1,3 bilhão. Não faço comparações entre receitas e resultados por se tratarem de modalidades e gestões e adversários completamente distintos.
Mas deve-se considerar as dificulades para o desenvolvimento do paraolímpismo no país a partir da identificação de atletas, convencimento para ingressar no esporte, limitações dos espaços para a prática, alto custo de equipamentos e reduzido número de técnicos especialistas.
História
E 2000, quando fez a primeira grande campanha, em Sydney, os brasileiros ficaram em 37º lugar, com 22 medalhas (seis de ouro, dez de prata e seis de bronze).
Agora, 12 anos depois, evoluíram 30 posições. E, mesmo com 43 pódios no total – foram 47 em Pequim –, a equipe nacional teve cinco medalhas de ouro a mais, candidatando-se ao “top five” nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016.