O grande legado olímpico: a democratização do esporte
José Cruz
No país do futebol, segue o debate sobre olimpismo.
Abrimos espaço para receber várias manifetações e incentivar o debate sobre um assunto que o brasileiro pouco se envolve: o dinheiro público para o esporte.
O tema continuará na ordem do dia, mas a partir de amanhã intercalado com as demais rotinas.
O grande legado olímpico seria o direcionamento do dinheiro público para a democratização do esporte. Esse seria o grande legado.
Eduardo Manhães
Penso que cada centavo de dinheiro público gasto com esporte ou atleta de elite é ilegítimo.
E isso não me impede de torcer pelas equipes e pelos atletas brasileiros.
Mas todas as políticas de esporte para olimpismo são artifícios de propaganda de Estado, midiáticos que, haja vista a Austrália e a Grã-Bretanha, mais recentemente, chegam ao cúmulo de visar a conquista eventual de medalhas nos jogos que realizaram.
A médio prazo, esses países voltam ao patamar em que estavam.
Cada vez menos, há correspondência entre a democratização da prática de esporte, escolar, e a performance olímpica. No país do PHELPS, a população está cada vez mais gorda.
A grande exceção é a Jamaica, em que os atletas nacionais são fruto da prática de atletismo na base. Pouca grana, investimento em gente e não em equipamento, e especialização em modalidade esportiva identificada com a cultura do país. Bacana.
O importante é a qualidade das medalhas e não a quantidade.
O grande legado olímpico seria o direcionamento do dinheiro público para a democratização do esporte. Esse seria o grande legado.
Eduardo Manhães é sociólogo