A lição das mulheres
José Cruz
As bicampeãs do vôlei devolveram ao brasileiro a oportunidade de se emocionar e vibrar com uma decisão olímpica. Determinação no momento decisivo e o merecido pódio de ouro.
Logo elas, as mulheres, vaidosas por natureza, dão exemplar lição a Neymar e companhia, de que nestes megaeventos é preciso se preocupar menos com o visual e o exibicionismo explícito e se concentrar mais na competição.
O desempenho desses guris contra o México foi um vexame que envergonha e desmoraliza o principal esporte nacional.
História
Já o boxe fez história e retorna ao quadro dos esportes brasileiros premiados. Com méritos.
Uma das cinco modalidades do programa Petrobras Esporte & Cidadania, com recursos da Lei de Incentivo e dirigido por Magic Paula, a delegação de 10 atletas contou com R$ 8,4 milhões em dois anos para se preparar aos Jogos de Londres.
A comparação não é possível devido a diversidade de treinamentos, mas para que se tenha um parâmetro, a delegação de desportos aquáticos (natação, nado sincronizado, maratona aquática e saltos ornamentais), com 25 atletas, teve R$ 45,5 milhões entre 2009 e junho de 2012. Dinheiro dos cofres do governo.
Domingo.
Vôlei masculino, Yane Marques no pentatlo moderno, e atletismo encerram a participação Brasileira na Olimpíada.
Pior para o maratonista Marilson Gomes que, enfrentando quenianos, marroquinos e etíopes, tentará “salvar” o atletismo, até agora zerado em pódio. Outro vexame que desanima para 2016…
Isso que a Confederação de Atletismo recebeu R$ 57 milhões de verbas públicas no último ciclo olímpico, sendo R$ 48 milhões de patrocínio da Caixa Econômica.
Está aí mais um bom motivo para que a CPI do Dinheiro do Esporte seja uma realidade no Congresso Nacional. Mas isso está longe de ocorrer…