Funcionário ficha limpa
José Cruz
O secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento, Ricardo Leyser Gonçalves, lembrava com certa eufioria, no twitter, ontem, que fiz elogios a funcionário do Ministério do Esporte que têm ''ficha limpa'' nos órgáos de fiscalização do governo.
Nunca deixei de reconhecer os atos lícitos, embora isso seja coisa rara por aqui. Mesmo não vendo muita notícia no gestor que cumpre a lei, pois isso é obrigação de quem tem responsabilidade sobre o que não lhe pertence.
De qualquer forma, repito, há servidores no Ministério do Esporte, entre eles o próprio Ricardo Leyser, que já tiveram algumas contas aprovadas e a notícia à qual Ricardo Leyser se referia foi publicada há dois anos…
Nos processos mais complexos, como os 36 que investigaram e investigam as contas do Pan 2007, a história é outra, e é preciso explicar.
A parte inicial é a investigação feita pelo auditor, que faz relatório detalhado. Depois vem a apreciação do ministro relator e, finalmente o voto superior que vai a plenário. Tudo acopanhado pela parte interessada, que é ouvida, investigada, apresenta esclarecimento, justificativas etc.
Porém, em alguns processos, para não constranger o governo o ministro relator, que tem atuação mais política do que técnica, atropela a legislação e muitos se salvam. Basta ler o último relatório do então ministro Marcos Vilaça, antes de se aposentar, indicando a série de irregularidades praticadas nas contas do Pan 2007. Mas, ao final, em nome da pressa, da falta de tempo, da necessidade de o país receber, bem, um grande evento, ele, ministro, entendia a desordem cometida. A bronca era apenas, digamos, para mostrar que o órgão de fiscalização sabia muito bem como tudo ocorreu
Isso estará bem detalhado – com textos dos processos, inclusive, no livro que começo a esreever, ''O lado oculto do pódio'', sem prazo para concluir, pois o tema é longo.