Copa 2014: Brasil, enfim, chega ao Comitê Organizador
José Cruz
Há sete anos sabemos que a Copa 2014 será no Brasil. Mas somente ontem o governo brasileiro conseguiu se integrar ao Comitê Organizador Local (COL), entidade particular criada por Ricardo Teixeira.
A integração via Ministério do Esporte foi como uma “intervenção” comandada pela Fifa.
É inacreditável que, até agora, a um ano da Copa das Confederações (de 15 a 30 de junho de 2013) – evento teste para o Mundial de Futebol – o governo do país-sede estivesse longe do poder organizador.
Para explicar essa omissão governamental chamem o ex-presidente Lula e o ex-ministro Orlando Silva. Ambos, assim como Ricardo Teixeira, estão sem cargos. Ou seja, houve troca de todo o primeiro escalão da organização da Copa, no governo e fora dele.
Chegamos tarde ao COL, mas “atrasos fazem parte de nossa cultura”, como disse o ministro Aldo Rebelo, há poucos dias. Está explicado.
O “chute no traseiro”, enfim, fez efeito. Impressionante a força do futebol. Coloca no canto até o poder da República.
Fenomenal – só poderia ser – a declaração de Ronaldo, ao final da reunião na Fifa:
“Este momento é importante, pois passamos a jogar juntos, um time unido.”
Mas o Pelé não entra nesse time? Ele não foi nomeado “embaixador” pela presidenta Dilma?
Enfim, com ou sem Pelé, agora vai. E o povo que se prepare, porque a conta vem.