Campeonato Candango desmoraliza o novo estádio Mané Garrincha
José Cruz
O Ceilândia desbancou os tradicionais Gama e Brasiliense e conquistou o Campeonato Candango de 2012, sábado. Mesmo perdendo o jogo por 1 x 0 para o Luziânia a retrospectiva de melhor campanha lhe garantiu o título
O “espetacular” jogo foi testemunhado por 970 pagantes.
Exatamente, menos de mil torcedores foram ao estádio, com “extraordinária” renda de R$ 9.700,00 …
Pois é para um campeonato que tem final com esse perfil que o governador Agnelo Queiroz constroi um estádio para 75 mil pessoas…
O custo da obra já está em R$ 850 milhões e passará fácil de R$ 1 bilhão.
Ou seja, transporatado para o colosso do novo Mané Garrincha, a torcida de sábado ocuparia irrisórios 1,3% do estádio. Nem dois por cento…
Um imenso vazio no concreto, cuja manutenção será de R$ 100 milhões/ano, dinheiro do orçamento do Distrito Federal. Ou do contribuinte, como queiram.
Mais:
O Luziânia, que fez a final e se tornou vice de 2012, não é do Distrito Federal, mas de Goiás;
O ataque do campeão Ceilândia soma 107 anos: Dimba, 38 anos, Allan Delon, 32 e Cassius, 37;
Finalmente: a Federação Brasiliense de Futebol, filiada à CBF, está sob intervenção da Justiça: gestões passadas acusadas de corrupção com dinheiro público, pois aqui o Campeonato foi subsidiado por Roriz, Arruda e, agora, Agnelo.
Enquanto isso…
Aproveito o comentário do jornalista Walter Guimarães, no Facebook, para encerrar:
“A final da Liga dos Campeões, no sábado, vencida pelo Chelsea, nos pênaltis, foi disputada na moderníssima Allianz Arena. E me vem a lembrança que Brasília terá um estádio maior, em cerca de um ano…
No Allianz cabem 68 mil pessoas; aqui caberão 75 mil…
Lá, tem jogo a cada 15 dias, no campeonato com maior média de público do mundo; aqui, a final do Candangão foi entre Ceilândia x Luziânia…”
Que tal?