Judô: Confederação explica sobre critérios para treinos na Europa
José Cruz
A Confederação Brasileira de Judô divulgou nota reportando-se à crítica aqui publicada, de que judocas gaúchos que integram a equipe nacional pediram dinheiro na rua para treinar na Europa.
Os “esclarecimentos”, abaixo, não alteram a situação do nosso esporte em geral: atletas com potencial olímpico continuam sem acesso aos recursos públicos que o governo disponibiliza por várias fontes.
Afinal, o que está faltando para preparar a geração 2016: recursos ou gestão? Com a palavra o Ministério do Esporte, um dos donos do cofre.
A nota da CBJ é a seguinte:
''Em esclarecimento à notícia publicada na última segunda-feira com o título ''Judô: geração 2016 da equipe brasileira pede dinheiro para competir na Europa'', a Confederação Brasileira de Judô gostaria de informar o que se segue:
De acordo com os critérios de seleção e investimento divulgados em 2012, a CBJ custeará despesas em treinamentos e competições internacionais para o campeão e vice da seletiva nacional das diversas faixas etárias na temporada, num investimento total de R$ 1,3 milhões este ano, contemplando 179 judocas até 20 anos. Em 2011, o valor foi R$ 1,1 milhão para 175 atletas. No ano passado, participaram das seletivas 987 atletas entre 13 e 20 anos. Todos os atletas selecionados têm, além de treinamentos e viagens, acompanhamento multidisciplinar (técnico, físico, médico, fisioterápico, psicológico, nutricional, estrategismo, entre outros).
Seguindo os moldes adotados por diversos países e em vigor desde 2010, a CBJ dá a oportunidade também aos judocas classificados até o quarto lugar nas respectivas seletivas nacionais a participar dos referidos treinamentos e competições com investimento de suas Federações, clubes, academiais ou patrocinadores pessoais, as chamadas adesões (que totalizaram 42 em 2011). Tal iniciativa visa a ampliar o número de participantes nos eventos, garantindo a um universo ainda maior de jovens atletas a possibilidade de ganhar experiência internacional.
Clóvis Braga e Ana Martins se classificaram em quarto lugar na seletiva Sub-17 e, por isso, puderam participar da viagem com investimento assumido por patrocinadores pessoais. Não há qualquer taxa cobrada pela CBJ para esta adesão. O valor de R$ 6.977,00 é, inclusive, inferior ao cotado para o projeto de Lei de Incentivo ao Esporte (R$ 7.288,00) e isso se deve à divergência de câmbio Dólar/Euro no momento das duas cotações.''