A maldição do Bezerrão
José Cruz
Com capacidade para 20 mil pessoas, o estádio do Gama, a 30km de Brasília é um deserto. Quando muito por lá aparecem mil torcedores para um clássico do Gama com o Brasiliense, por exemplo, pelo campeonato do Distrito Federal.
O Bezerrão, como é conhecido, homenageia o atual ministro Valmir Campelo Bezerra, do Tribunal de Contas da União.
Porém, chama atenção a vistosa placa comemorativa à inauguração do estádio, em novembro de 2008, exposta na entrada principal.
São nomes ilustres, mas com destinos tristes, o que nos faz concluir que a ''maldição do Bezerrão'' é uma realidade.
Presidente da República: Luiz Inácio Lula da Silva – faz tratamento para se recuperar de um câncer
Governador do Distrito Federal: José Roberto Arruda – foi preso pela Polícia Federal e, depois, renunciou ao governo do acusado de corrupção processo do ''Mensalão do DEM''
Vice-governador do Distrito Federal: Paulo Octávio – assumiu no lugar de Arruda mas durou pouco tempo. Entrou no rol das denúncias de envolvimento com a corrupção, desfiliou-se do DEM e também saiu correndo do Governo do DF.
Ministro do Esporte: Orlando Silva – Outro que não resistiu 'a Maldição do Bezerrão. Foi demitido no final do ano passado pela presidenta Dilma, também por denúncias de corrupção, principalmente no programa Segundo Tempo
Presidente da CBF: Ricardo Teixeira – a exemplo das autoridades anteriores demitiu-se, também acusado de corrupção. Oh,coitado!
Presidente Federação Brasiliense de Futebol:Fábio Simão – Amigo de Ricardo Teixeira, Simão era chefe de gabinete do então governador Arruda e do Comitê da Copa 2014. Esteve na reinauguração do Gama e foi o primeiro a ser abatido pela Maldição do Bezerrão, dançando no topo do escândalo do Mensalão do DEM.
Secretário de Esporte do Distrito Federal: Aguinaldo de Jesus – Articulou com Ricardo Teixeira o amistoso entre Brasil x Portugal para a reinauguração do Estádio Bezerrão. Depois, envolvido na denúncia de corrupção no contrato de R$ 9 milhões pagos pelo GDF à CBF, desapareceu. Ninguém fala mais no distinto senhor.