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Lei de Incentivo fracassa no esporte educacional
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José Cruz

Na “Pátria Educadora”, o esporte educacional teve duas derrotas significativas em 2015:

1) sem dinheiro, o governo acabou com o projeto “Atleta na Escola”, orçamento de R$ 70 milhões, interrompendo dois anos de desempenho e frustrando três milhões de jovens;

2) na  LIE (Lei de Incentivo ao Esporte) as captações para projetos educacionais caíram de R$ 50 milhões em 2014 para  R$ 14 milhões nesta temporada, desempenho de apenas 28% sobre o resultado do ano anterior

atleta na escola                                                      Foto:  Divulgação/MEC

 

Apenas nove estados aprovaram projetos para iniciativas “educacionais”, conforme o quadro a seguir

ESTADOAPROVADO

R$

 CAPTADO

R$

Bahia 669.267110.528
Ceará345.2531.000
Goiás481.687281.687
M.Gerais14.401.0882.010.232
Paraná3.980.0481.483.718
Rio Janeiro11.067.1971.943.950
Rio G Sul2.640.652175.627
Tocantins372.42350.000
São Paulo28.387.5557.270.531
T O T A L 62.345.17013.327.273

Chama atenção o desempenho do projeto “Vida e Esporte”, no Ceará, aprovado em 2013 e com prazo até dezembro deste ano para captar: dos R$ 345,2 mil aprovados foram captados irrisórios R$ 1.000,00. Isso mesmo, mil reais!

E estados com potencial e apelo não avançaram, como Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, revelando a necessidade urgente de revisão na legislação. Anualmente, o governo disponibiliza R$ 400 milhões para incentivar o esporte, inclusive o de rendimento como divulgado ontem

Justificativas

“Este foi um ano muito difícil para os projetos incentivados em geral (esporte e cultura), pois as empresas estão apresentando balanço deficitário e, portanto, com pouco recolhimento de Imposto de Renda”, explicou o consultor e gestor esportivo, Luís Eduardo Lima, ex-atleta da seleção brasileira de polo aquático e consultor para gestão esportiva.

Segundo Lima, “os únicos que estão obtendo vultuosos lucros são os bancos, que estão preferindo aportar os recursos em projetos de Confederações, como a de Desportos Aquáticos, por exemplo. Devido aos Jogos Olímpicos, dão mais visibilidade do que os clubes”.

Mais sobre a LIE, aqui


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