Blog do José Cruz

Arquivo : dezembro 2015

CBF tem no Congresso um aliado político até para reposição de cartola
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José Cruz

2001 – Relatório da CPI da CBF Nike – Câmara dos Deputados

“O trabalho mostra como o futebol vem sendo usado para a promoção de grandes negócios. São milhões de dólares que rolam em contratos obscuros e desaparecem. Quanto maior o contrato, mais endividadas ficam a CBF, as federações e os clubes, enquanto fortunas  privadas formam-se rapidamente, administradas em paraísos fiscais de onde brotam mansões, iates, e se alimenta o poder de cooptação e de corrupção”

Desmoralização

Uma década e meia depois dessa constatação da CPI a Justiça dos Estados Unidos desmoraliza as instituições brasileiras ao escancarar as falcatruas de cartolas da CBF, que já sabíamos. Nesse tempo de omissões, fortaleceram-se as relações de poderosos cartolas com deputados e senadores, através da conhecida Bancada da Bola, enquanto sangravam os cofres do futebol em nome do patrimônio “Seleção Brasileira”.

João Havelange renunciou ao cargo de presidente de Honra da Fifa, Ricardo Teixeira demitiu-se da CBF às vésperas da Copa 2014, José Maria Marin está com prisão domiciliar sob o comando da Justiça dos Estados Unidos, e Marco Polo Del Nero fez “demissão branca”, ontem

Havelange

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epa04707828 Brazilian lawyer Marco Polo Del Nero talks during a press conference at the headquarters of the CBF (Brazilian Soccer Confederation) in Rio de Janeiro, Brazil, 16 April 2015. Del Nero has been appointed the new president of the CBF with a four year term. EPA/MARCELO SAYAO

Entrosamento político

Tão íntimo é o entrosamento do futebol com políticos que o novo presidente da CBF é um deputado federal, Marcus Antônio Vicente. Trata-se de um saltitante politico, que já esteve na Arena – partido de sustentação à ditadura militar – PFL, PSDB, PPB e o atual PTB.

As relações do futebol com o Legislativo estendem-se através de outros dois deputados-cartolas – ou vice-versa, que dá no mesmo… –, como Vicente Cândido (PT/SP), que é diretor Internacional da CBF, e Marcelo Aro (PHS/MG), diretor de Ética e Transparência…

O entrosamento continua. Fernando Sarney é vice-presidente da CBF, sob o prestígio de seu pai, o ex-senador José Sarney, que também apoiou a ditadura. Fernando é filho dessa cultura.

Nos corredores, gabinetes e bastidores do Congresso circula como lobista o assessor legislativo da CBF, Vandembergue Machado.  Vandembergue é funcionário aposentado do Senado, amigo íntimo do presidente da Casa, Renan Calheiros, o que facilita o seu trânsito entre as excelências para fazer valer os interesses da CBF. Por exemplo, atrasar a pauta da CPI do Futebol.

Para isso, Vandembergue convence senadores, “amigos” do futebol, a se ausentarem das sessões para reduzir o quórum e inviabilizar decisões, nem sempre possíveis, pois sigilos já foram quebrados e o resultado mostra os caminhos da falcatrua. Daí o desespero de que a CPI avance.

É este conjunto de omissões propositais (?) e tráfico de influências do futebol com políticos que a Justiça dos Estados Unidos está desmoralizando de uma só vez, punindo lá fora o que o Estado Brasileiro deixou de cumprir há mais de dez anos.

 


Ministério do Esporte quer fiscalizar futebol, mas relaxa na Bolsa Atleta
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José Cruz

Impeachment na rua, economia em recessão, crises pela falta de valores éticos, desordem política e contas públicas fazendo água. Neste panorama, o Ministério do Esporte toma decisões na contramão da realidade institucional, como anunciam hoje os blogueiros Daniel Brito e Rodrigo Mattos  dilma e george

Brito publicou em seu blog que Leandrinho Barbosa, do Golden State Warriors, time da NBA, foi contemplado com Bolsa-Atleta do Ministério do Esporte, enquanto dezenas de competidores aptos a disputarem os Jogos Rio 2016 estão à mingua.

Depois dos tenistas, que acumulam mais de 500 mil dólares, cada um, em premiação, só este ano, os jogadores do milionário basquete norte-americano são subsidiados pelos cofres públicos, que fechará o ano com rombo de R$ 120 bilhões!!!

Fiscalização

Rodrigo Mattos, por sua vez, publicou em seu blog que até o final do ano o mesmo Ministério do Esporte criará estrutura para fiscalizar se cartolas do futebol pagam em dia a dívida fiscal.

A medida ocorre como se os credores – INSS, Receita Federal etc – já não tivessem sistema eficiente para controlar os caloteiros, podendo até repassar ao Ministério as informações que precisa. Mas é preciso criar estrutura e, claro, cargos…

Enquanto isso…

As prestações de contas de quem pega dinheiro do Ministério do Esporte e da Lei de Incentivo se acumulam por mais de cinco anos, porque faltam funcionários, analistas. Lembrando o alerta do Tribunal de Contas da União, essa situação é incentivo para o desvio de verbas para a corrupção real.

Estes fatos demonstram a falta de rumos do esporte, apesar do dinheiro farto da última década. Apesar do comando de um ministro “especialista em gente”, George Hilton, transformado em ídolo da elite do esporte e dos cartolas. Que é a mesma de ontem e que faz o Brasil esportivo patinar na mesmice.

Mas, mais nove meses e seremos olímpicos, sem que se tenha, no mínimo, um projeto de educação física na escola. Pior, faltam até escolas!

O retrocesso é real.

Aleluia!


Paulo, filho de Joaquim Cruz, ingressa no basquete universitário dos EUA
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José Cruz

                                        PAULO JOAQUIM CRUZ                                                                           Paulo Joaquim Cruz                

                        Nascimento: San Diego, Califórnia (EUA)                     

Idade: 18

Altura: 1,93m

Peso: 95kg

Posição: Armador

              Curso: Pré-Business (Administração de Empresa), Universidade do Arizona

 “Sempre gostei mais de jogar com a bola do que correr”

Filho do brasiliense Joaquim Cruz, ouro olímpico nos 800 metros nos Jogos de Los Angeles, 1984, Paulo Cruz está longe das pistas de atletismo. É pela equipe do Arizona que ele começa a realizar o sonho da maioria dos jovens norte-americanos: jogar basquete na universidade e, quem sabe, chegar à disputadíssima elite da NBA. Indiretamente, Paulo homenageia o pai, pois foi pelo basquete que Joaquim ingressou no esporte, até mudar para o atletismo, onde se consagrou mundialmente.

Blog – Com o DNA de um campeão no atletismo, como foi esta tua guinada para o basquete?

Paulo Cruz – Iniciei no basquete bem cedo, e sempre gostei mais jogar com a bola do que correr.

A experiência de atleta do teu pai influenciou na orientação para te tornares competidor de alto rendimento?

Sim, o esporte sempre foi parte da minha educação em casa. O meu pai foi treinador do meu irmão, Kevin, e o meu irmão foi o meu treinador no basquete da Liga para crianças, na comunidade (de San Diego, onde mora Joaquim).

E como chegastes ao time universitário do Arizona?

Eu estava matriculado na escola no Arizona. Telefonei para o treinador assistente e perguntei se havia uma vaga no time. Inicialmente, ele disse “não”, porque o time já estava formado. Mas surgiu uma oportunidade ao precisarem de mais um jogador. Um amigo, que já jogava na equipe, indicou nome. Eles me convidaram após me verem jogar algumas partidas no ginásio de recreação.

Qual a tradição do Arizona no campeonato colegial?

O Arizona tem uma tradição escolar de basquete muito forte. Já chegaram quatro vezes nas quartas-de-final e venceram uma vez o Torneio Nacional Universitário. Atualmente está em 11º lugar no ranking nacional.

E a expectativa para crescer profissionalmente e alcançar um time da NBA?  

O sonho de qualquer jogador de basquete é jogar na NBA, mas no momento eu estou treinando com afinco para melhorar e para ajudar minha equipe.

Há cinco anos você esteve no Rio e treinou no Batafogo. Houve algum interesse do clube, naquela ocasião?

Eu tinha 13 anos quando eu joguei algumas partidas pelo Botafogo. Eles foram muito atenciosos e chegaram a me convidar para jogar no Botafogo, caso mudasse com minha família para o Brasil. Infelizmente a mudança não aconteceu.

Que imagem tens do Brasil e do Rio, em particular?
Eu gostei muito do Brasil e me vejo morando e jogando Basquete de lá, algum dia.

Apesar de distante do Brasil, acompanhas o desenvolvimento do basquete no nosso país?  

Muito pouco, mas o Brasil tem melhorado muito nos últimos anos e pode um dia ter um programa muito forte no basquete. Acompanho os jogadores brasileiros que jogam na NBA.

Depoimento do campeão 

220px-JoaquimCruz2007    Por Joaquim Cruz

 “O time do Arizona esteve em Los Angeles neste final de semana para um torneio, onde eu estava. Foi muito bom ver o Paulo atuar no time.

 Tive a oportunidade de conhecer o treinador da equipe, Sean Miller, e o Diretor de Esporte da Universidade do Arizona, Greg Byrne. O pai do Diretor, Bill Byrne, foi Diretor de Esporte na Universidade de Oregon, quando estudei lá, em 1984. O mundo é bem pequeno!

Eu não sei se Paulo tem noção do tamanho da oportunidade que está tendo, mas estou super-orgulhoso dele, pois ele criou a situação que se encontra neste momento. Desde criança, o Paulo tem sido independente nas decisões referente ao esporte. 

Ele disse, dois anos atrás, que algum dia ainda vai jogar pelo Brasil. Parece está no caminho certo.” 

 

Joaquim Cruz mora em San Diego, Califórnia, onde é técnico de atletismo olímpico e paralímpico


Por delação premiada, operação Lava-Jato chega às obras da Copa
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José Cruz

“Fora das quatro linhas”, o futebol contribuirá nas investigações da Operação Lava-Jato, inicialmente sobre a construção de três estádios. As denúncias e suspeitas de corrupção terão, enfim, versão oficial de quem pagou quanto a quem para ajudar a construir “a maior Copa de todos os tempos”

Conforme o noticiário, empresários da  construtora Andrade Gutierrez, presos na Operação Lava-Jato, aceitaram fechar acordo para falar sobre o “suborno” nas obras de três estádios que construiu para a Copa 2014: Maracanã, Mané Garricha e Arena Amazônia.

Em janeiro deste ano, relatório do Ministério do Esporte indicou que o custo de todos os estádios foi de R$ 8,4 bilhões

Acordo

A Andrade Gutierrez atuou em três estádios, a seguir, mas os depoimentos à Polícia Federal de empresários presos poderão sugerir investigações sobre outras empreiteiras que atuaram nas obras para a Copa.

Maracanã – Em parceria com a Odebrecht e recursos do governo do Estado do Rio de Janeiro, a obra estava orçada em R$ 705 milhões, mas custou R$ 1,2 bilhão. O BNDES concedeu empréstimo de R$ 400 milhões. O Tribunal de Contas do Estado identificou pagamentos superfaturados de R$ 67,3 milhões.

Arena Amazônia – Custaria R$ 400 milhões e foi entregue por R$ 623 milhões, pagos pelos cofres do governo do Estado, e financiamento de R$ 400 milhões do BNDES.

Mané Garrincha – A Andrade Gutierrez atuou com a Via Engenharia. Pelo projeto original a obra custaria R$ 700 milhões. Foi concluída por R$ 1,4 bilhão.

Gastos excessivos

Segundo o Tribunal de Contas do Distrito Federal, na obra do  Mané Garrincha houve “gastos excessivos” de R$ 431 milhões, pagos por “desperdício de material, erro no cálculo do transporte de peças, aluguel de caminhões a mais, atraso na isenção de impostos e o fato de o governo ter livrado o consórcio responsável de pagar multa por atraso”.

O comando das obras do Mané Garrincha (R$ 1,4 bilhão) ficou centralizado no gabinete do então governador, Agnelo Queiroz, e do secretário-extraordinário para a Copa, Cláudio Monteiro.

E agora, vai?

 


“Goteiras” suspendem pela segunda vez evento internacional em Brasília
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José Cruz

Mais uma vez um evento internacional é cancelado no Ginásio Nilson Nelson, o principal da capital da República, com capacidade para 25 mil pessoas. O motivo é o mesmo: goteiras na cobertura jogam água da chuva na área de competição

goteiras

Na sexta-feira à noite seriam realizados os dois primeiros jogos do Torneio Quatro Nações de Handebol Feminino, que reúne as seleções do Brasil, Argentina, Sérvia e Esolovênia. Mas, com a quadra inundada…  O torneio é preparatório ao Campeonato Mundial da modalidade, a partir de 5 de dezembro, na Dinamarca. Neste sábado, as equipes voltaram ao Ginásio, mas o jogo Brasil x Eslovênia durou apenas 20 minutos.  Com a persistente chuva as goteiras molharam o piso de jogo. e as quedas das jogadoras tornaram-se constantes. Para evitar prejuízos físicos os técnicos das duas equipes encerraram a partida.  (Foto de Wander Roberto/Agência Inovafoto).

Vexame

Em 2011, o então governador, Agnelo Queiroz, e o secretário de Esporte na ocasião, Júlio Ribeiro, hoje deputado distrital, já tinham colocado Brasília no pódio da vergonha internacional. Naquela ocasião foi disputado o Campeonato Mundial de Patinação Artística, mas várias apresentaçõs foram adiadas e, outras, suspensas devido à água da chuva que caía na área central das provas e até sobre a mesa da arbitragem. Estavam presentes delegações de 36 países, entre elas a da Itália, campeã mundial.

Abandonobasquete abandono

Na real, os espaços esportivos de Brasília estão abandonados. Há muitos anos. As áreas no entorno do Ginásio Nilson Nelson são um triste postal do desleixo dos governantes. Para a construção do estádio Mané Garrincha foram destruídas 12 quadras de tênis, um velódromo e uma pista de atletismo, prejudicando centenas de usuários. (foto de Antônio Araújo/UOL)

29/06/2015. Crédito: Carlos Vieira/CB/D.A. Press. Brasil. Brasília - DF. A situação do Autodromo Internacional Nelson Piquet.O Autódromo, em “reforma”, iniciada no governo de Agnelo Queiroz, foi abandonado na atual gestão por falta de verbas.  (foto de Carlos Silva/Correio Braziliense).

 

 Enquanto isso…

   O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg,  assinou termo de cooperação entre Brasília e o Comitê Rio  2016, para a realização de 10 jogos de futebol feminino e  masculino dos Jogos Olímpicos no Estádio Mané Garrincha.  O GDF estima gasto de R$ 25 milhões com o evento – média  de R$ 2,5 milhões por partida.

Saúde zero

Na mesma semana desse ato para o futebol,  o governador suspendeu    exames laboratoriais em hospitais da cidade, por falta  de  reagentes químicos.  A  notícia completa está aqui.

Para saber mais sobre o torneio de handebol feminino, no site do UOL Esporte: http://olimpiadas.uol.com.br/noticias/2015/11/27/goteiras-cancelam-jogo-do-brasil-em-preparacao-para-mundial-de-handebol.htm

Este post foi atualizado ás 16h de 28/11/2015

 

 


A “delinquência institucional” chegou também ao esporte?
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José Cruz

“A delinquência institucional cometida na intimidade do poder por marginais que se apossaram do aparelho de Estado tornou-se realidade perigosa…” – Ministro Celso de Mello, do STF

Coincidência ou não, a nova denúncia de Lúcio de Castro sobre os desmandos na CBB (Confederação Brasileira de Basquete) foi publicada pelo UOL Esporte, ontem, no mesmo instante em que o Brasil convivia com a inédita prisão de um político na Operação Lava-Jato, o senador Delcídio Amaral.  Não há correlação entre as denúncias contra a CBB e a Lava-Jato. Mas, independentemente de valores – com diferenças enormes – há dinheiro público nas operações.

Os frequentes crimes financeiros revelados, agora com ousados esquemas de fuga dos ladrões, nos remetem à realidade de que são as estatais – muitas envolvidas em escândalos recentes – que financiam boa parte do esporte de alto rendimento.

De outra parte, é do Congresso Nacional que saem os “especialistas” para os cargos públicos nos órgãos de governo, gestores de milionários orçamentos. Nesse ambiente, proliferam trocas de favores entre políticos dos mesmos partidos e aí se instala a promiscuidade entre amigos. É a tal “delinquência institucional” referida pelo ministro Celso de Mello.

As denúncias sobre as finanças do basquete são “apenas” mais um capítulo de um roteiro onde estão outras entidades, como a do tênis, do taekwondo, do vôlei e por aí vai. Sobram provas no Ministério Público e na Polícia Federal, no Rio e em São Paulo, comprovando que o dinheiro público serve para muitas iniciativas do esporte, inclusive financiar a boa vida de espertos dirigentes.

E a falta de fiscalização efetiva do Ministério do Esporte contribui para a atuação de quadrilhas especialistas em fraudar licitações, por exemplo. O próprio Tribunal de Contas da União já alertou, em relatório exemplar, que essa omissão do governo facilita o desvio de verbas. Depois, notas frias, como se demonstrou em prestação de contas da Confederação de Tênis, tentam dar legalidade ao saque explícito. Ace!

Ao contrário da Lava-Jato, que aqui não para de evoluir nas investigações, o combate à corrupção no esporte, a partir do futebol, vem de fora para dentro. Começa no exterior e repercute no Brasil, onde, estranhamente, os suspeitos se “escondem”…

Já é hora de sair do campo das denúncias e revelar no esquema, que tem extensa rede Brasil afora. Sem esquecer que, agora, não são apenas os repórteres que estão “armados” com gravadores. Os cartolas que se cuidem em seus construtivos diálogos …

 


América-MG retorna à Série A com apoio de verba pública da Lei de Incentivo
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José Cruz

O América-MG contou com R$ 12 milhões de dinheiro público, através da Lei de Incentivo ao Esporte, para formar jogadores e voltar à Série A do Campeonato Brasileiro

Entre 2007 e 2014, o clube mineiro aprovou projetos no Ministério do Esporte, via Lei de Incentivo, num total de R$ 23 milhões, para investimento nas categorias de base. Desse total, captou R$ 12 milhões. Celulose Nipo Brasileira e Cemig estão entre os principais doadores aos projetos

Outros três clubes mineiros também utilizam da Lei de Incentivo ao Esporte para aplicar em projetos de iniciação no futebol, conforme quadro a seguir:

 

CLUBEAPROVADO R$CAPTADO R$
América FC23.000.000,0012.000.000,00
Cruzeiro EC12.695.000,004.928.000,00
Ipatinga FC3.598.000,00557.000,00
Uberlândia EC8.654.000,004.430.000,00
TOTAL47.947.000,0021.915.000,00

 

Valorização

Em sua página na internet, o América-MG destaca a valorização das categorias de base, justamente as que receberam verba federal, em projetos específicos, revelando talentos como o atacante Richarlison (foto): Richarlison

“No início da Série B, o Coelho era apontado como um dos concorrentes ao acesso com o elemento mais modesto. Para se manter firme na disputa por vaga na Série A, a diretoria buscou em casa as peças que faltavam para completar o elenco. Foram 16 jogadores promovidos das categorias de base durante a disputa da Série B. Os desfalques durante a trajetória no campeonato também obrigaram o técnico Givanildo Oliveira a lançar alguns jogadores da base. E os jovens corresponderam dentro de campo”.

Projetos

Esses “jogadores da base” foram formados em projetos registrados na Lei de Incentivo, como o “Excelência na Formação de Atletas”, “A Base para a Formação Esportiva”, “Futebol de Base do América F.C III”, entre outros.

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Encaminhei ao senhor Alexandre Arantes, gerente de Planejamento e Projetos do América-MG, os seguintes questionamentos sobre o assunto, que até agora não foram respondidos:

Quantos jovens são atendidos anualmente, e em que faixa etária?

Que tipo de apoio o clube oferece? Há peneiras para a seleção dos jovens?

Dos garotos que já passaram pelos projetos, quantos conseguiram chegar ao nível profissional?

Todos foram aproveitados pelo clube?

Dinheiro público para o futebol profissional?

A Lei de Incentivo ao Esporte permite essa esdrúxula aplicação de imposto de renda devido por pessoas físicas ou jurídicas, apesar da penúria das contas do governo federal. Mas, oito anos depois de ter sido aprovado, a Lei já deveria ter sido objeto de rigorosa análise do Ministério do Esporte, para evitar que o dinheiro do contribuinte fosse destinado ao financiamento de atividades econômicas rentáveis, como o futebol profissional.

Apesar de registrar em seu site os projetos aprovados no Ministério do Esporte, a direção do América-MG não oferece detalhes sobre o destino dos jovens que atende com verbas da Lei de Incentivo.

Por exemplo, se houve venda de jogadores atendidos pela Lei de Incentivo e quanto foi apurado nessa transação. O mesmo ocorre com outros clubes brasileiros beneficiados pela verba pública, mas só com transparência total poderá se confirmar ou não se o dinheiro público está financiando negócios da iniciativa privada do futebol. E o Ministério do Esporte não está nem aí para esse negócio milionário.


Joaquim Cruz volta a passar por exames antidoping
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José Cruz

Dezoito anos depois de ter encerrado carreira no atletismo, sem uma só suspeita de dopagem, o campeão olímpico dos 800m, Joaquim Cruz, passa a ser alvo dos agentes de combate às drogas no esporte 

Apesar de fazer apenas “corridinhas diárias” para manter a forma, Joaquim, há 33 anos morando nos Estados Unidos, onde é técnico de atletismo, passou a ser procurado por agentes norte-americanos para a coleta de material (urina) destinado a exames antidoping, fora de competições. E precisa avisar à organização olímpica daquele país sobre suas movimentações em território americano e viagens ao exterior.

O brasileiro passou a ser visado desde a última Olimpíada, Londres-2012, quando atuou como guia de atletas paralímpicos. No Parapan de Toronto, este ano, Joaquim, guiou a norte-americana Ivone Mosquera, cega, nos 1.500 metros (foto). Juca cruz

Os guias também estão sujeitos aos exames.  Joaquim treina dois atletas olímpicos e oito paratletas, no Centro Olímpico de Chula Vista, próximo de San Diego, onde mora. “Eles têm boas chances de estarem nos Jogos Rio 2016”, disse Joaquim, ao Blog.

Entrevista

Em Brasília, onde cumpriu agenda no Instituto que leva o seu nome e que desenvolve projetos sócio-esportivos, Joaquim concedeu esta entrevista:

Blog – Em que condições se realizou o recente teste antidoping?

Joaquim Cruz – Após decidir participar do Parapam, nos Jogos de Londres, fui solicitado de me inscrever e submeter os meus dados pessoais para a organização de antidoping dos Estados Unidos (USADA). Enviei também horário, locais de treinamentos, trabalho e endereço pessoal. No dia do teste-surpresa, o agente representante da USADA me encontrou pela manhã no Centro de Treinamento Olímpico de Chula Vista (cidade próxima de San Diego). Levamos menos de 10 minutos para completar todo procedimento de coleta do material (urina) para o teste.

De quem foi a iniciativa do pedido de exame?

A iniciativa foi da Agência Antidoping Norte-Americana, facilitada pelo Comitê Olímpico/Paralimpico Americano. Nos dez anos que trabalho no centro, todos os meus atletas têm sido selecionados e submetidos para fazer testes surpresas.

Em 2003, tivemos o escândalo do Laboratório Balco (EUA), que distribuía drogas proibidas no esporte, para atletas de alto rendimento. Agora, temos o caso envolvendo o atletismo russo. O combate à droga no esporte continua correndo atrás da prática do doping?

Sim. Por enquanto, não criamos e pusemos em prática um sistema mais serio e rígido contra os infratores. Sempre iremos engatinhar bem atrás dos dopados. Temos de parar de “negociar” com os indivíduos que tentar burlar o sistema, como tem acontecido ultimamente. O sentimento é que não existe tolerância ZERO para quem decide se dopar, pois o poder de influência política e econômica pode estar acima de tudo, mesmo da imagem e ideais do esporte.

Ensinando jovens atletas Juca 1

No encontro que teve com os atletas do Projeto Rumo ao Pódio Olímpico (PRPO),  do Instituto que leva o seu nome, Joaquim Cruz falou(foto ao lado) sobre a busca de resultados no atletismo.

“Antes, no meu tempo, eu tinha que vencer para ter patrocínio. Agora é diferente, mas os atletas precisam se dedicar e dar mais resultados”.

Atitude

“A atitude de um atleta tem de ser a de quem quer vencer na vida. Quando você entra na pista, tudo que aconteceu na sua vida fica do lado de fora. E Quando o “Dia D” chegar, o que você fez todos os dias, anteriormente, prevalecerá. O atleta campeão é o atleta que nunca deixa de ser atleta”.

Colaborou: Amandda Souza

Foto superior: Washington Alves/MPIX/CPB

Foto inferior: Luiz Carlos Santana/IJC

Para saber mais:Matador de Dragões –  a história e filosofia de vida do campeão olímpico Joaquim Cruz!Juca Livro


Samuca, do Projeto Grael para o pódio internacional da Vela de competição
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José Cruz

“Nunca parei para pensar na possibilidade de ser campeão Mundial da Classe Star, mas nos últimos anos começamos a ver que tínhamos chance, mediante aos resultados em outros campeonatos”

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 Entrevista de Samuel Carvalho, o Samuca, de 28 anos, proeiro de Lars Grael, campeões mundiais da Star. A competição, encerrada em 9 de novembro, foi disputada na Argentina e projetou, de vez, em nível internacional, um ex-aluno do Projeto Grael, desenvolvido em Niterói, às margens da Baía de Guanabara, combinando ensinamentos de cidadania, esporte e alto rendimento

Blog – Como chegastes ao Projeto Grael?

Samuca – Todo inicio de semestre, professores e coordenadores do Projeto Grael vão às escolas públicas de Niterói e fazem palestras chamando os alunos para participar dos cursos oferecidos. Em 2001, eles foram à minha escola, Escola Estadual Machado de Assis, no bairro do Fonseca, em Niterói. Fiquei muito interessado e fui fazer uma aula experimental. Foi paixão à primeira vista. Eu tinha 13 anos. Logo depois, meu pai faleceu. Ele era o único que trabalhava em casa. Minha mãe estava desempregada e meu irmão tinha 14 anos. O Projeto além de me ensinar a navegar, foi fundamental no apoio psicológico na falta do meu pai.

E a rotina no Projeto?

Minha turma tinha aula duas vezes na semana, mas eu ia todos os dias para ajudar os professores, e sempre sobrava um barquinho para eu velejar também. Durante a parte da manhã eu tinha aulas na escola e à tarde estava no Projeto, onde fui aluno de 2001 até 2004.

O que você estudava?

Estudei e me formei na Escola Técnica Estadual Henrique Lage, como técnico em máquinas navais, em 2005. Em 2007, entrei para a Universidade Estadual do Rio de Janeiro e conclui o curso superior de Desenho Industrial.

Lembras da primeira experiência como velejador?

Aprendi as noções básicas de Vela no veleiro optmist. Nunca tive barco meu. Ainda aluno do Projeto, em 2002, recebi o convite de um dos professores para velejar com o pai dele em uma regata. Foi a minha primeira experiência fora do Projeto. Depois, essa mesma pessoa abriu um curso de vela e me chamou para ser monitor do curso que ele ministrava, com isso comecei a entrar no universo dos clubes e marinas, dando aula e participando de regatas amadoras.

Além do Projeto, qual outro apoio ou patrocínio recebidos à época?

Consegui a Bolsa Atleta algumas vezes, mas há dois anos que não recebo, pois ficou mais difícil de conseguir. Nunca tive patrocinador, mas sempre tive pessoas que ajudaram, para não gastar dinheiro, me dando carona até o clube, deixando eu dormir no barco quando não tinha dinheiro para voltar para casa e no dia seguinte voltar para o clube. A loja náutica Mencaps sempre me ajudou com descontos generosos e até me presenteando com peças para os barcos que eu velejava. Academias como a R1 Fitness, academia do Paulinho e a UP fitness sempre me apoiaram não cobrando a mensalidade. Todos esses apoios fizeram e fazem a diferença na minha saúde física e financeira.

E a parceria com Lars Grael, como surgiu?

Eu já velejava com o Lars no barco clássico dele, Marga da classe 6metros, de 1933. Ele me convidou para velejar de Star, em agosto de 2011, depois da parceria dele com Ronald Seifert. A dificuldade maior foi ter que ganhar 20kg, para ter o peso ideal (105kg) para ser proeiro.

Aí veio a campanha para chegarem ao título mundial…

Nunca parei para pensar na possibilidade de ser campeão Mundial da Classe Star, mas nos últimos anos começamos a ver que tínhamos chance, mediante aos resultados em outros campeonatos. No último ano, chegamos perto desse título, quando ganhamos três regatas do Mundial na Itália. Esse ano, quando fomos para a última regata em segundo lugar, com chances reais de ganhar o campeonato, o coração com certeza batia mais forte. Tive quer reformar a concentração nas manobras e regulagem do barco para tudo dar certo.  A ficha só começou a cair quando chegamos em terra… e ainda está caindo…. Foi realmente um feito sensacional na minha carreira e, com certeza, conquistar esse título ao lado do Lars não tem preço.

A classe Star não é olímpica. Tens alguma possibilidade de disputar vaga na equipe nacional para 2016 em outro barco?

 É muito difícil mudar de categoria, pois cada uma tem um biótipo diferente para os velejadores. Mesmo que me adapte a outra classe, esbarraria na parte financeira. Os barcos olímpicos são muito caros, têm os custos de viagem e campeonatos no exterior. Para essa olimpíada a classificação é por indicação em algumas classes e por somatório de resultado em outras. Dessa forma já precisaria estar velejando e com resultados nessa outra classe.

Finalmente: qual a importância do Projeto Grael para a descoberta de talentos. Samuca4

A maior importância do Projeto, ao meu ver, é na parte social, que foi a principal razão para ser formado. Muito mais que ser um campeão Mundial em uma das classes mais difíceis de velejar, em 17 anos de história do Projeto Grael, foi ter instruído mais de dez mil jovens utilizando a vela como ferramenta para educação, ajudando a moldar o caráter desses jovens e dando um rumo na vida deles. Muitos que passaram pelo Projeto Grael evoluíram na careira que escolheram, influenciados pela convivência dentro do Projeto. Este ano, um amigo que começou comigo no Projeto se tornou comandante de uma das barcas que faz a travessia Rio-Niterói.

Na foto, da esquerda para a direita, ainda  alunos, nos anos de aprendizado:

Jônatas Gonçalves, Samuca, Geovani Ribeiro e Rafael da Hora.

Atualmente, todos trabalhando atividades afins com a náutica

Nota do Blog

 O Projeto Grael, também com iniciativas na área do meio ambiente, tem 41 alunos e ex-alunos atuando em 14 empresas náuticas nacionais. Entre outros, Jônatas Gonçalves, irmão de Samuca, formado em Educação Física pela UFRJ, trabalha na área administrativa da Confederação Brasileira de Vela. Geovani Ribeiro é comandante de uma das barcas que fazem a travessia Rio-Niterói, e Rafael da Hora está na Secretaria de Vela do iate Clube do Rio de Janeiro.

Depoimento de Lars Grael

“O primeiro contato com Samuca foi quando ele e o irmão, Jônatas, chegaram ao projeto.  Chamava a atenção aqueles dois irmãos apaixonados pelo projeto. Os olhos brilhavam. Era, também, marca da dupla, a educação e a disciplina que receberam dos pais. Ambos se formaram no ensino superior em universidades públicas.

Mesmo tendo concluído o curso de formação, eles voltaram ao projeto e se voluntariaram a apoiar. Pegavam um velho veleiro da classe Panamerica “Sunfish” e ficavam velejando…  Passaram a ser chamados a tripular pequenos veleiros de Oceano como tripulantes e, assim, chegaram ao título brasileiro da classe amadora Ranger 22`.

Samuca sempre se apresentava como voluntário e, em 2009, já competiu como proeiro de Star do suíço Peter Erzberger, no Campeonato Sul-Americano . Era sua estreia na classe Star.

Em 2011, os organizadores da Regata Cape Town-Rio nos procuraram convidando o Projeto Grael a indicar quatro velejadores para tripular o barco sul-africano “City of Capetown”. Samuca foi um dos selecionados.

Era uma meta ousada para estes quatro jovens de Niterói alçar a uma regata transatlântica. Samuel despontou como o líder do grupo e, após período de treinamento em Cape Town, virou o “imediato” (sub-comandante) do barco. Eles venceram a regata e a façanha gerou matéria no Jornal Nacional.

Fomos prestigiar a premiação da regata no Iate Clube Rio de Janeiro, e Samuca surpreendeu com um belo discurso decorado em inglês.

 Ainda em 2011, convidei Samuel a ser meu novo proeiro de Star. Ele precisava ganhar 18kg, meta que atingiu rapidamente. Na primeira velejada, quebramos um mastro e ficamos à deriva de noite sob a Ponte Rio-Niterói. Não tínhamos o menor entrosamento. Logo depois, obtivemos expressivos vice-títulos nos Campeonatos do Hemisfério Sul (vencido por Robert Scheidt/Bruno Prada) e Norte-Americano, em Tampa (EUA), vencido pelo campeão mundial de 2009, o americano George Szabo. Era o início de uma parceria vencedora.” 

Para saber mais:

http://josecruz.blogosfera.uol.com.br/2015/11/familia-grael-coloca-projeto-nautico-brasileiro-no-topo-do-mundo/

http://www.projetograel.org.br/


Família Grael coloca projeto náutico brasileiro no topo do mundo
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José Cruz

Há duas semanas, a “saga de um campeão” continuou, quando Lars Grael sagrou-se campeão mundial da Classe Star, na Argentina, tendo como proeiro Samuel Gonçalves, o Samuca, ex-aluno do projeto náutico da família Grael, às margens da Baía de Guanabara, em Niterói

Samuca

Em 2001, Lars Grael escreveu “A saga de um campeão”, livro em que narra a sua trajetória de atleta e o acidente de 6 de setembro de 1998, quando uma lancha atropelou o seu barco, no litoral de Vitória. Lars teve a perna direita decepada. Chegava ao fim o sonho de conquistar a terceira medalha olímpica, nos Jogos de Sidney-2000, mas surgia nova trajetória de conquistas de títulos internacionais e ensinamentos às novas gerações, através de um projeto social criado em 1998

Previsão

“… Enquanto atuava como sparing (após se recuperar do acidente), analisava minhas chances de disputar os Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, na classe Star, de barcos com quilha, que exigem menos movimentação e por isso permitem que o condutor seja um amputado de perna” – escreveu Lars Grael em seu livro, há 14 anos, o que motivou a seguinte entrevista:

BlogNo momento dessa narrativa havia esperança de voltares a ser destaque mundial, como agora, conquistando o Mundial na Classe Star?

Lars: Mínima sim, mesmo que fosse uma meta ambiciosa. A vitória do primeiro título Sul-Americano (após o acidente) em 2005 e o Troféu Benetti na Itália, em 2006, me deram a dimensão do possível. A medalha de bronze no Campeonato Mundial de 2009, alimentou este sonho.

Aos 51 anos, como avalias teu preparo físico para as constantes cambadas numa competição?

As cambadas (mudar a vela de lado) no Star não são tão simples, dado altura cruelmente reduzida da retranca deste barco desenhado em 1911. Por outro lado, por ter um cockpit estreito, permite que minha deficiência seja menos relevante do que em outras classes internacionais de veleiros de competição. Uma regata de campeonato mundial, gira em torno de 15 a 40 cambadas por regata, fora as manobras de Gybe (quando a cambada ocorre com Vento de Popa), e ainda, as manobras de deslocamento para raia e pré-largada. Preparo físico está adequado, mas pode melhorar… (sempre). Este esforço com 51 anos e considerando a deficiência, é questão de raça e muita força de vontade!!!

A conquista do Mundial teve significado maior por ter sido com um proeiro (Samuel Gonçalves), ex-aluno do Projeto Grael?  Como isso pode alertar o governo para a importância desse tipo de projetos?

Só a mídia pode contribuir com esta conscientização. O fato do proeiro campeão mundial ser oriundo de um projeto sócio/esportivo, é algo muito simbólico. Samuel tornou-se um grande velejador e acumula títulos na classe Star (Brasileiro; Sul Americano e Bacardi Cup), assim como, em 2011 conquistou a regata Cape Town to Rio como tripulante (e outros 3 alunos do Projeto Grael) do veleiro sul-africano “City of Capetown”

Você foi o idealizador e primeiro gestor do “Projeto Navegar”, no Ministério do Esporte. Quantos núcleos do Navegar ainda temos?

O Projeto Grael deu início às suas atividades práticas em agosto de 1998, um mês antes do meu acidente. O Projeto Navegar teve seu inicio no segundo semestre de 1999, com a implantação dos núcleos de Santarém (PA) e Brasília (DF). 19 núcleos foram instalados, mas infelizmente poucos mantem atividades, como, por exemplo, o núcleo de Ilhabela (SP) que é uma usina de novos velejadores, dos quais vários já consagrados na Vela.

Leia amanhã:

Quem é Samuel Gonçalves, o Samuca, que aprendeu a velejar no projeto náutico da Família Grael, e se tornou campeão mundial, como proeiro de Lars

Para saber mais:

http://www.projetograel.org.br/institucional/index.php