Blog do José Cruz

O Xavante entra em campo

José Cruz

“A maior e mais fiel” torcida do interior do Rio Grande do Sul, do Grêmio Esportivo Brasil, recebe neste domingo o Brasiliense F.C, para o primeiro jogo das quartas-de-final da Série D do Brasileirão. O time da capital da República não terá o seu comandante maior, o ex-senador cassado, Luiz Estevão. Ele foi preso pela Polícia Federal, há um mês, por superfaturar obras públicas. Mas quem entende de futebol garante que o “Jacaré” joga bem assim mesmo…

Carlos Eduardo Behrensdorf, Xavante de carteirinha, escreveu sobre este encontro, que terá o segundo e decisivo jogo em 19 de outubro, em Brasília, no dia 19, com a torcida rubro-negra prometendo invadir a capital.

BANDEIRA XAVANTE ZÉ CRUZ

Nenhum clube vive 100 anos sem sangue, suor e vitórias

Por Carlos Eduardo Behrensdorf

Ninguém passa os 100 anos de vida sem acumular vitórias, derrotas, muitas histórias, tragédias e comédias. O Grêmio Esportivo Brasil, de Pelotas, enquadra-se neste cenário. Nacionalmente, é simplesmente o “Brasil de Pelotas”.

Dependendo da idade média tomada como referência, seus torcedores mais novos fazem parte da quinta geração. Eu, por exemplo, entrei na estatística em 1946, aos oito anos. E como eu, alguns outros coroas ranzinzas ou não.

O Brasiliense que se prepare para enfrentar bem mais do que onze dentro de campo. Detalhe: o estádio Bento Freitas também é chamado de Baixada ou Taba Xavante. Em jogos decisivos fica lotado por torcedoras e torcedores de todas as classes e idades. Elas e eles formam a Maior e Mais Fiel Torcida do Interior Gaúcho.

Desde já informo: nesta torcida o padrão único é a paixão, o berro afinado ou não e, como sempre, uma razoável pirraça contra as respeitáveis senhoras genitoras do árbitro e seus auxiliares.

Não custa nada avisar os adversários: reconheço que o padrão de jogo está um pouco distante do tic-tac do Barcelona. No entanto, o coração bate o seu tic-tac mais acelerado, numa boa, e o sangue que corre nas veias de todos – dentro e fora do gramado – dá cor à camisa. Tradição: lutar em busca da vitória, chova ou faça sol, com vento, sem vento e qualquer outra manifestação não prevista por meteorologistas.

Quem jogar, verá.

Carlos Eduardo Behrensdorf, Brasília, torcedor da Velha Guarda e dos novos jogadores.