Blog do José Cruz

O debate vazio do esporte na campanha eleitoral

José Cruz

Procurei conhecer as propostas dos candidatos presidenciais para o assunto “esporte”. Não há novidades, mas uma cópia atualizada de campanhas passadas.

Apesar de o Brasil estar recebendo os maiores eventos esportivos do mundo, não há um projeto integrado para as pastas da saúde, educação, esporte, meio ambiente, indústria e comércio, no mínimo. Nada!

FOTO CORRIDANão sabemos para onde vamos, como numa corrida sem compromisso. Isso é sinal de que, independentemente do candidato eleito, continuaremos com um ministério partidário, de atuação e objetivos políticos, antes de tudo.

A indústria do esporte é uma das que mais contribui para a formação do PIB nacional, devido, também, ao crescente interesse dos brasileiros pela prática de atividade física. E isso foi motivado, em parte, pela realização dos grandes eventos esportivos: Pan e Parapan 2007, Jogos Mundiais Militares, Copa das Confederações, Copa do Mundo de Futebol, Olimpíada, Paraolímpiada e Universíade. A corrupção e superfaturamento para preparar essas festas é outra história.

No entanto, onde entra a escola e a universidade na preparação desses eventos? Qual a participação efetiva de longo prazo da área acadêmica para que o Brasil seja, também, esportivamente respeitável? O Ministério do Esporte continuará sendo apenas um órgão repassador de verbas públicas? O Conselho Nacional do Esporte continuará cúmplice da omissão do governo em várias frentes do setor?

Nos estados

Da mesma forma, pesquisei algumas propostas dos governos estaduais, onde secretarias de esportes usam suas estruturas para camuflar orçamentos e transformar cargos de confiança em cabides de empregos, privilegiado espaço para companheiros desocupados. Nenhuma novidade. Mas somos um país olímpico.

Enfim, a 38 dias das eleições, acusações e promessas de eleições anteriores se repetem, e a novidade da campanha é uma trágica realidade: um jatinho sem dono.

E eu aqui querendo debater sobre os rumos do esporte…